Num relatório técnico, citado pela agência Lusa, o GPIAA dá "opinião técnica desfavorável" ao projeto de requalificação da Segunda Circular, por considerar que a solução apresentada "carece de suporte legal e pode pôr em grave risco a aviação que opere no Aeroporto de Lisboa e todos os habitantes da cidade".
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"O projeto em causa está incompleto por não contemplar qualquer alusão ao impacto ambiental que a arborização prevista (plantação de 7.500 árvores na zona envolvente da Segunda Circular e mais de 500 exemplares ao longo do separador central) poderá provocar no controlo da avifauna, nas imediações do Aeroporto da Portela, afetando diretamente as operações aéreas relativamente à segurança aeronáutica", sustenta o documento.
O GPIAA "coloca reticências" ao projeto por ser "inadequado e insuficiente" na identificação de todos os impactos negativos na biodiversidade daquela zona e na garantia da segurança dos aviões que operam no aeroporto, devido à possibilidade de as aves colidirem com as aeronaves.
Assim o organismo que investiga e previne os acidentes aéreos recomenda a realização de um Estudo de Impacto Ambiental e a auscultação das entidades aeronáuticas no âmbito do projeto que a Câmara de Lisboa tem para a Segunda Circular.
O relatório técnico foi enviado esta semana pelo GPIAA para o gabinete do secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d'Oliveira Martins, para o presidente do conselho de administração da Autoridade Nacional de Aviação Civil, regulador do setor aeronáutico, e para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o socialista Fernando Medina.
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Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a autarquia refere que o projeto proposto pela maioria socialista "não vai afetar o tráfego aéreo".