CM Lisboa mantém condicionamentos na Avenida da Liberdade; PSP queria reabrir

Taxistas vão continuar estacionados nas laterais da faixa de rodagem.

Os taxistas iniciaram esta quarta-feira um protesto contra a lei que regula as plataforma eletrónicas de transportes, como a Uber e a Cabify, e já avisaram que até haver acordo "ninguém sai" da Avenida da Liberdade, principal local de protesto em Lisboa.

Ora, com os táxis estacionados numa das maiores artérias da cidade de Lisboa, é preciso resolver o problema da circulação de veículos. A PSP queria fazê-lo já a partir da meia-noite desta quinta-feira mas um comunicado da Câmara Municipal de Lisboa veio garantir que os condicionamentos se vão manter.

Câmara Municipal de Lisboa reabre se existirem condições para tal

A continuação do protesto dos taxistas levou esta quarta-feira a CM Lisboa a manter os condicionamentos de trânsito, particularmente na avenida da Liberdade.

Assim, nesta avenida central da capital, o trânsito só será permitido a transportes públicos e veículos de emergência, podendo a PSP "determinar a abertura ao transporte individual caso entenda haver condições para tal", avança a autarquia em comunicado.

As restantes vias terão fortes restrições, acrescenta o município. Os representantes dos taxistas reuniram-se na noite desta quarta-feira com a PSP, para avaliar a situação e Florêncio de Almeida, da ANTRAL, garante que os taxistas "não aceitaram" a reabertura, por considerarem que era "uma tentativa de desmobilizar" esta manifestação.

O dirigente da ANTRAL garantiu também que qualquer problema que derivasse da reabertura do trânsito seria da responsabilidade da PSP. Dada esta oposição dos taxistas, a PSP avaliou a situação e comunicou aos taxistas que "se a situação se mantivesse, ordeiramente e sem problemas, manter-se-ia o mesmo sistema", o que se deve verificar nas próximas horas.

A situação deve mesmo manter-se, visto que os taxistas continuam a não apresentar qualquer intenção de desmobilizar. Florêncio de Almeida espera mesmo "muitas mais viaturas", destacando a "participação massiva" no protesto.

PSP queria reabrir a avenida

O intendente Alexandre Coimbra explicou à TSF, ao início da noite que a polícia queria "permitir que os táxis estejam estacionados nas zonas laterais" da avenida, mas garantindo que, a partir das 00h00 de quinta-feira, a circulação automóvel pudesse ser feita "em toda a avenida".

Em termos práticos, os taxistas estariam no mas estariam apenas a "ocupar a faixa de rodagem".

No que diz respeito ao balanço deste dia de protestos, Alexandre Coimbra garante que é "muito positivo", realçando o "comportamento ordeiro" e o cumprimento do que ficou definido nas reuniões preparatórias, destacando também a "ausência de incidentes".

A ANTRAL e a FPT, as duas organizações representativas do setor, esperam impedir a entrada em vigor da chamada "Lei Uber", a 1 de novembro.

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