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Na semana em que se cumpriu, pela primeira vez, um dia de luto nacional pelas vítimas de violência doméstica, o juiz Neto de Moura foi transferido para uma secção cível do Tribunal da Relação do Porto, deixando, na prática, de julgar casos de violência doméstica.
O juiz, que foi duramente criticado por evocar a bíblia para fundamentar decisões judiciais, já avisou publicamente que pretende processar vários deputados, humoristas, jornalistas e comentadores que, considera, o ofenderam publicamente. A lista inclui Mariana Mortágua, Ricardo Araújo Pereira, Bruno Nogueirae Joana Amaral Dias.
No programa Governo Sombra, Ricardo Araújo Pereira mostrou-se preocupado por sentir que, nos dias de correm, se considera que todo o riso é uma agressão, e aproveitou para assinalar um detalhe "maravilhoso" que encontrou nas entrevistas que tem dado o juiz Neto de Moura: "ele diz que o facto de ter sido criticado de uma forma muito violenta faz com que agora qualquer juiz 'tenha de medir 'n' vezes as palavras quando está a escrever um acórdão'. Eu pensava que já era assim", exclama o humorista.
"Ou seja, ele quer que eu meça as palavras quando escrevo piadas sobre ele, mas ele não tem de medir as palavras quando escreve um acórdão!", conclui.
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