"É uma crueldade antidemocrática." Francisco George critica greve às cirurgias

O presidente da Cruz Vermelha Portuguesa defende a ministra da Saúde e diz aos enfermeiros que têm de refletir.

Francisco George condenou a greve de enfermeiros e manifestou apoio à ministra da Saúde, esta manhã, no Fórum TSF .

Para o antigo diretor-geral de saúde e atual presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Marta Temido "tem razão ao dizer que o movimento grevista não deve prejudicar os mais fracos, prejudicar os doentes"

"Não é possível compreender que os movimentos grevistas possam prejudicar os mais frágeis (...) e também dizer aos enfermeiros que é preciso refletirem e acabarem com esta situação que é antidemocrática."

Por seu lado, a Associação Sindical dos Enfermeiros Portugueses, um dos sindicatos que convocou a greve que se prolonga há três semanas, diz que quem está a ser cruel é o governo.

"Crueldade é, para nós, a atitude irredutível da ministra [da Saúde] de se recusar a negociar e por teimosia manter esta greve", condenou Lúcia Leite, presidente da associação no Fórum TSF.

Lúcia Leite acusa o governo de não estar aberto ao diálogo nem ter postura negocial e diz mesmo que as palavras de Marta Temido foram uma tentativa de pôr os portugueses contra os enfermeiros. "Essa é a arma que tem sido utilizada", diz.

Os enfermeiros também não aceitam que tenham de pôr a mão na consciência, como tem sido sugerido por vários responsáveis políticos, incluindo Luís Montenegro esta quarta-feira no programa Almoços Grátis. "São posições hipócritas: mão na consciência têm de colocar eles", atira.

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