O Hospital de Santa Maria e o Hospital de São José, em Lisboa estão, esta manhã, a funcionar com limitações, devido à greve dos médicos. Trata-se de uma paralisação parcial, que afeta a região Sul do país e também as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
Os serviços mais afetados pela greve são as consultas e cirurgias programadas.
Em declarações à TSF, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, fez um primeiro balanço da paralisação.
"A greve terá uma adesão forte, nomeadamente: no Hospital de São José, [onde] só duas salas estão a laborar. No Hospital Santa Maria, também só duas salas é que estão a operar", informou o dirigente sindical.
Também nos centros de saúde, ao nível dos cuidados de saúde primários, se sentem os efeitos da greve. "Em Sete Rios, há cerca de 70% de adesão [à greve] e em Oeiras, cerca de 60%", afirmou Roque da Cunha.
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Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, fala numa "forte adesão" que espelha a "revolta" dos médicos
"É um sinal claro de descontentamento e de revolta perante o Ministério da Saúde", disse o sindicalista.
Os médicos querem a redução de 18 para 12 horas semanais nos serviços de urgência e a diminuição do número de utentes por cada médico de família.
Também os profissionais do Norte já haviam feito greve, há cerca duas semanas.
Na região Centro, o protesto esteve marcado na semana passada, mas foi cancelado devido aos incêndios.
Depois da greve desta quarta-feira, está marcada uma paralisação nacional para o dia 8 de novembro.