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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que há um número elevado de enfermeiros contaminados com Gripe A no hospital Garcia de Orta.
Num comunicado enviado às redações, o sindicato diz que a contaminação foi potenciada pela sobrelotação "que torna impraticáveis as medidas de proteção que impeçam o contágio entre doentes e profissionais, favorecendo a propagação da gripe em meio hospitalar".
Em declarações à TSF, Zoraima Cruz Prado, dirigente da direção regional de Setúbal do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, denuncia um agravamento da situação no hospital Garcia da Orta, com nove profissionais diagnosticados com gripe A, sete enfermeiros, um médico e um auxiliar.
Há uma grande afluência de doentes e "as condições de saúde em que chegam ao hospital tem vindo a agravar-se", diz.
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Como em anos anteriores o número de camas já não é suficiente para todos os doentes e há macas nos corredores dos serviços de urgência e de internamento, que impossibilitam o isolamento de doentes.
"O internamento de doentes em condições em que é impossível fazer este tipo de isolamento expõe os profissionais a este tipo de contágio", nota Zoraima Cruz Prado.
Também o aumento do número de utentes internados mantendo o mesmo número de enfermeiros em cada turno, torna os "ritmos de trabalho mais acelerados", o que dificulta a implementação de medidas de prevenção e proteção.