Mais de 40 mil bebés à espera. Vacina BCG só chega em janeiro

Laboratório europeu falhou prazos acordados com Portugal. Há meio ano que a Europa não tem vacina contra a tuberculose. Autoridades de saúde dizem que situação não é grave e viraram-se para um laboratório japonês que deve enviar as vacinas em janeiro.

A vacina da BCG, contra a tuberculose, em falta desde maio, só deve chegar a Portugal em janeiro. A última previsão da Direção-Geral de Saúde (DGS) apontava para o fim de novembro, mas a única farmacêutica europeia que faz a vacina falhou a data.

O jornalista Nuno Guedes ouviu a subdiretora geral da Saúde

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As autoridades portuguesas sublinham, contudo, que a situação não é grave. A subdiretora geral da Saúde deixa, aliás, uma mensagem de tranquilidade aos pais: "sei que estão bastante angustiados porque tiveram os seus filhos em 2015 e ainda não foram vacinados, mas para a população em geral o risco é muito baixo pois o país atingiu um elevado controlo da tuberculose".

Sem data para receber a vacina da Dinamarca, onde os lotes contratados continuam em avaliação de qualidade, Graça Freitas explica que Portugal teve de ativar um plano de contingência e procurar um laboratório alternativo. "A fonte com uma vacina mais parecida com a que usamos será um laboratório japonês que cumpre todas as regras de segurança".

Vacinar todos os bebés vai demorar meses

A responsável da DGS explica que ao fim de seis meses sem a BCG, existem mais de 40 mil bebés à espera da vacina e não será possível vacinar todos no início de 2016.

Graça Freitas explica que o país "não tem recursos nem vai receber vacinas suficientes para todas as crianças" em falta, pelo que serão criados grupos de maior ou menor risco, que depois poderão estar relacionados com a idade do bebé.

A prioridade será dada às famílias socialmente desfavorecidas e com casos de tuberculose; que tenham vindo de certos países estrangeiros; ou que vivam em áreas onde tenha sido detetada a doença.

A generalidade das crianças portuguesas não pertence, contudo, aos grupos prioritários. A regularização da situação será feita "ao longo dos meses".

A DGS sublinha ainda que a falta da BCG não é um problema nacional, mas europeu devido aos problemas com ao laboratório dinamarquês que faz esta vacina.

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