PSD pediu, Graça Freitas aceita. Diretora-Geral da Saúde deve ser ouvida sobre mortalidade infantil

Em 2018, houve mais 60 crianças a morrer no primeiro ano de vida, em Portugal. Graça Freitas diz que não se deve comparar os dados porque 2017 foi um ano com mortalidade infantil "anormalmente baixa".

Graça Freitas afirma estar disponível para dar explicações sobre o aumento da mortalidade infantil no último ano, depois do Presidente da República se ter mostrado preocupado e do PSD ter apresentado um requerimento para que a diretora-geral da Saúde seja ouvida com urgência na Comissão de Saúde.

De acordo com os dados oficiais, os valores da mortalidade infantil em 2018 ficaram ligeiramente acima dos verificados em 2016. No ano passado, a taxa de mortalidade infantil foi de 3,28 mortes por cada mil nados vivos , quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24.

"É com todo o gosto que iremos à Assembleia da República e tentaremos explicar e perceber o que se passa", disse Graça Freitas, em declarações à TSF. "Obviamente que vemos com naturalidade que o Parlamento nos queira ouvir e que o sr. Presidente da República exprima preocupação", acerscentou.

No requerimento, assinado pelos deputados sociais-democratas Adão Silva e Ricardo Baptista Leite, o PSD afirma que "é consabido que a taxa de mortalidade infantil, juntamente com as taxas de analfabetismo e da esperança de vida, se compreendem entre os indicadores que melhor evidenciam o estado de desenvolvimento de um país".

O PSD argumenta também que a audição de Graça Freitas servirá para a Assembleia da República obter um esclarecimento cabal sobre as causas do aumento da taxa de mortalidade infantil verificado em 2018 e, bem assim, sobre as eventuais medidas tomadas para contrariar o referido aumento.

A evolução da taxa de mortalidade infantil levou a Ordem dos Médicos a pedir um apuramento rápido das causas do aumento, que segundo dados provisórios da Direção-Geral da Saúde registou em 2018 o valor mais elevado desde 2013.

A Direção-Geral de Saúde considerou, contudo, que a taxa provisória de mortalidade infantil em Portugal em 2018 está dentro da normalidade e que continua abaixo da média europeia, aconselhando cautela na análise dos dados.

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