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Fernando Carrilho dá o exemplo: "Eu teria uns dois anos. Só tenho relatos da família. Vivíamos na Amadora, nos arredores de Lisboa. Os meus pais fugiram para a rua comigo e com a minha irmã". Provavelmente nos tais "trajes menores" que foram referidos com abundância na imprensa da altura e que mostram a rapidez com que tanta gente saiu de casa, em pânico.
"Os relatos ajudam a definir as intensidades em cada local", um dado que ainda hoje não é completamente rigoroso, é que além dos testemunhos, segundo Fernando Carrilho, dessa época há a informação recolhida por um sensor instalado num dos pilares da então Ponte Salazar. "Havia três estações sísmicas, em Lisboa, Porto e Coimbra, mas os equipamentos não aguentaram a intensidade do abalo."
Porque o tempo escasseia, são cada vez menos as pessoas que viveram o terramoto de 1969, o IPMA, mas também o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências e o laboratório associado Instituto Dom Luiz pedem agora testemunhos online. O desafio é também lançado às escolas, até há um concurso e prémios. Um deles é um sismómetro, a instalar na escola vencedora e que ficará ligado à rede sísmica nacional.
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