O "24 horas a nadar", que decorreu entre sábado e hoje, em Vila Real, falhou a inscrição no livro Guinness de recordes, conseguindo mobilizar apenas 500 das 5.029 pessoas necessárias para ultrapassar o recorde mundial.
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O objetivo era por a nadar nas piscinas municipais de vila Real no mínimo 5.029 pessoas, para atingir o recorde mundial conquistado pela Itália. Cada um dos participantes podia fazer apenas uma piscina (25 metros).
Raquel Marinho, da organização do evento, disse à agência Lusa que o número de participantes foi apenas de 500, ficando aquém do necessário, no entanto, segundo acrescentou, esta foi apenas uma primeira tentativa de um projeto que será para repetir.
A responsável destacou os aspetos solidários do "24 horas a nadar".
Cada participante pagou quatro euros de inscrição e doou um bem alimentar, que será entregue à Câmara Amiga, iniciativa do município que apoia famílias carenciadas.
Parte do valor das inscrições vai ser também doado à causa da Joaninha, uma menina de cinco anos que possui um atraso psicomotor grave.
O pai da menina, Luis Lopes, referiu que a doença da filha «não foi diagnosticada» e que é «precisa toda a ajuda possível» para a menina poder fazer os diversos tratamentos a quem tem sido sujeita.
Este evento ajudou, segundo Luís Lopes, a dar a conhecer a Joaninha e a sua causa a nível nacional.
E porque os banhos públicos gelados estão na moda, durante os dois dias decorreu ainda a iniciativa «maior número de banhos gelados em 24 horas».
Assim, os participantes, no local de entrada para a piscina onde decorreu a prova, em vez de passarem no chuveiro, receberam um banho de água gelada.
Desta forma, a organização quis racionar o consumo de água, proporcionando um banho rápido de balde em vez de uso descontrolado dos chuveiros e a todos foi pedido um donativo de um euro para apoiar a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA).
Paralelamente à prova decorreram inúmeros eventos durante o fim de semana, como apresentações de natação sincronizada e aulas de aquafitness, rastreios gratuitos a todos os participantes, provas gastronómicas e de vinhos, desportos radicais e foi ainda possível adotar animais que estão a cargo da Plataforma Proanimal.
A prova foi uma iniciativa organizada pela Câmara de Vila Real, a Federação Portuguesa de Natação (FPN), a Associação Regional de Natação do Nordeste (ARNN), a Clínica Médica dos Descobrimentos e pelo Instituto Português da Juventude (IPDJ).