Pelo menos 1500 hectares de vegetação de uma reserva natural chilena da Patagónia foram destruídos pelo fogo, obrigando à deslocação de 400 pessoas, afirmaram as autoridades esta quinta-feira.
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«Estamos a combater um incêndio extremamente perigoso e complexo porque temos tido condições climáticas muito hostis e as previsões dizem que vai continuar assim» na sexta-feira, afirmou o ministro chileno do Interior, Rodrigo Hinzpeter.
«A topografia está a dificultar os esforços dos oficiais de salvamento para alcançar a área e combater o fogo enquanto a vegetação continuar altamente combustível», disse o governante, acrescentando que as condições impedem qualquer estimativa de quanto tempo será preciso para controlar as chamas.
O fogo no parque nacional de Torres del Paine, que deflagrou terça-feira junto a uma linha férrea, «foi provavelmente causado por negligência humana», segundo Hinzpeter.
Mais de 110 bombeiros chilenos e oficiais florestais estão a combater o fogo, apoiados por cerca de duas dezenas de colegas argentinos. Espera-se ainda a chegada de um helicóptero e um contingente adicional de 50 homens.
A parte chilena da Patagónia compreende a extremidade meridional de Valdívia, a região de Los Lagos, no lago Llanquihue, Chiloé, Puerto Montt e o sítio arqueológico de Monte Verde, bem como as ilhas a sul das regiões de Aisén e Magallanes, incluindo o lado ocidental da Terra do Fogo e do Cabo Horn.
Nessa região está localizada a cidade mais austral do planeta, Ushuaia, na Argentina, conhecida como «a terra do fim do mundo».