O frio, a neve e os ventos fortes continuam, esta quinta-feira, na Europa e podem piorar no fim de semana, depois do mau tempo já ter provocado mais de 500 mortos numa dezena de dias.
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Na Ucrânia, onde as temperaturas poderão descer até aos 30 graus Celsius negativos no fim de semana, as autoridades deixaram de atualizar o balanço das vítimas. Na terça-feira, dia do último balanço oficial, a Ucrânia era o país europeu mais afetado com 135 mortos.
O estreito de Kertch, que liga o mar Negro ou de Azov, continua gelado e tem "presos" 130 barcos, sem que os quebra-gelos os possam libertar.
Na Polónia, apesar de um ligeira subida das temperaturas nos últimos dois dias, hoje contavam-se mais três mortos por hipotermia, num total de 77 desde o início da vaga de frio. A estes juntam-se umas cinco dezenas devidos a aquecedores defeituosos, que provocaram asfixia por monóxido de carbono e incêndios.
Na Rússia, o frio matou pelo menos 110 pessoas este ano, 46 das quais desde o início de fevereiro, informou o Ministério da Saúde, sem precisar se os mortos foram registados na parte europeia ou asiática do país.
O frio matou igualmente 23 pessoas na Lituânia, 10 na Letónia e uma na Estónia.
Na República Checa um sem-abrigo morreu na quarta-feira de hipotermia em Kolin (60 quilómetros a leste de Praga), fazendo aumentar para 25 o número de vítimas mortais. Para o fim de semana esperam-se temperaturas de -40º nas montanhas e -25º em Praga.
Contam-se ainda 44 mortos na Roménia, 29 na Bulgária e três na Eslováquia.
Nos Balcãs, as temperaturas atingiram novos recordes hoje de madrugada, com -28º em Sokolac, na Bósnia, -26º em Slavonski Brod, na Croácia, e -25º em Novi Sad, na Sérvia. Em Sarajevo registaram-se -23º e em Belgrado -22ºC.
Na Hungria morreram 16 pessoas desde o início da vaga de frio, enquanto em Itália o balanço ascende a 43 mortos e em França o mau tempo causou cinco mortos nos últimos dias. Registaram-se ainda cinco mortos na Grécia, cinco na Áustria, quatro na Alemanha e um na Holanda.
A vaga de frio chegou ainda ao norte de África, sobretudo à Argélia, onde o balanço atingiu hoje os 44 mortos e se espera queda de neve no fim de semana.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]