O escritor Leopoldo María Panero, falecido hoje em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, aos 65 anos, era considerado um "enfant terrible" da poesia espanhola, que marcou de forma radical a partir dos anos 1970.
Corpo do artigo
A notícia da morte foi revelada pela editora, a Huerga y Fierro, e, segundo a agência EFE, o poeta, que sucumbiu a uma múltipla falha orgânica, encontrava-se internado desde 1997 na unidade psiquiátrica do Hospital Rey Juan Carlos I.
Leopoldo María Panero, nascido em Madrid, em 1948, era filho do poeta Leopoldo Panero, considerado uma das melhores vozes líricas do pós-guerra, e da escritora e atriz Felicidad Blanc.
Estudou Filosofia e Letras, mas acabaria por abandonar a universidade em protesto contra o "conhecimento formal", tendo passado várias fases da vida, a partir dos 19 anos, em hospitais psiquiátricos.
Leopoldo María Panero foi, segundo a crítica literária, uma das figuras que marcaram a cena da poesia espanhola nos anos 1970, marcando-a com a sua aura de "poeta maldito".
Publicou pela primeira vez, em 1968, o livro "Por el camino de Swant", seguindo-se "Así se fundó Carnaby Street" (1970), "Teoría" (1973), "El que no ve" (1980), "The last river together" (1980), "Dioscuros" (1982) e "El último hombre" (1984).