O PSD estava à espera de um ministro mais esclarecido sobre o que aconteceu às armas que desapareceram do paiol de Tancos. Os sociais-democratas admitem chamar Azeredo Lopes à Assembleia da República.
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Em entrevista à TSF e ao DN, Azeredo Lopes afirmou que em Tancos "no limite, pode não ter havido furto nenhum". E prosseguiu: "Como não temos prova visual nem testemunhal, nem confissão, por absurdo podemos admitir que o material já não existisse e que tivesse sido anunciado... e isto não pode acontecer".
Os jornalistas Anselmo Crespo (TSF) e Paulo Tavares (DN) ainda perguntaram ao ministro se estava convencido de que se tratou de um furto. Azeredo Lopes respondeu "não estou nem deixo de estar convencido, só sei que desapareceu. Tenho de presumir, por bom senso e porque não sou dado a teorias da conspiração, que desapareceu algures antes de 28 de junho quando eu tomei conhecimento".
Estas são algumas das declarações que deixam "perplexo" o PSD. O deputado Carlos Costa Neto, que integra a comissão parlamentar de Defesa Nacional, diz que nesta altura esperava que o ministro tivesse mais certezas.
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Azeredo Lopes já recebeu, dos vários ramos militares, os resultados dos inquéritos e mais recentemente
o relatório da Inspeção-geral de Defesa Nacional. O deputado Costa Neto lamenta que ter conhecido através de uma entrevista as "conclusões, ou inconclusões" dos inquéritos.
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Costa Neto sublinha ainda que o PSD não deixará "nenhum mecanismo por utilizar" para esclarecer o que se passou em Tancos. O deputado admite mesmo que é possível que o ministro seja novamente chamado à Assembleia da República.