CDS-PP quer ministro a falar no Parlamento sobre inquéritos ao roubo em Tancos
O CDS quer que o ministro da Defesa vá ao Parlamento dizer o que já sabe sobre os inquéritos ao desaparecimento de armas dos Paióis Nacionais de Tancos.
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Em causa estão as declarações proferidas por Azeredo Lopes durante a entrevista à TSF e Diário de Notícias. Referindo-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão sobre o roubo de armas em Tancos, Azeredo Lopes admite que, "no limite, pode não ter havido furto nenhum", frisando que o inquérito em curso ainda não tem conclusões definitivas.
Ouvido pela TSF, o deputado do CDS-PP João Rebelo manifestou-se Indignado pelas declarações do Ministro da Defesa, considerando que o "ministro se descarta de responsabilidades" e "especula sobre um assunto muito grave".
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O CDS-PP, adiantou o deputado, considera que o ministro Azeredo Lopes "não tem condições para continuar a desempenhar funções porque desresponsabiliza-se, esconde-se por trás das chefias militares sobre este acontecimento e tem mostrado ao longo deste tempo incapacidade evidente para desempenhar funções".
Como o ministro continua em funções, o CDS não tem outra alternativa senão pedir a sua presença na Comissão de Defesa para explicar o que está a acontecer, concluiu João Rebelo.
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As condições em que terá ocorrido o furto, a lista exata do material em falta e as condições em que estava a ser feita a vigilância são algumas das respostas que o CDS-PP quer do Governo.
Na reunião da comissão que está marcada para terça-feira, o CDS-PP vai propor que seja acrescentado um tópico à agenda da deslocação do ministro agendada para dia 20 deste mês.