O vice-presidente do CDS sublinhou que as diferenças demasiado vincadas entre centristas e socialistas não permitem qualquer aproximação ao Partido Socialista.
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PS, Bloco de Esquerda e PCP são três alvos que o CDS quer atingir e, por isso, o vice-presidente do partido faz questão de se distanciar o máximo possível.
No programa da TSF " Às Onze no Café de São Bento ", Adolfo Mesquita Nunes fez questão de sublinhar o hiato que existe entre a Geringonça e o CDS.
Para o vice-presidente do CDS, o PS colocou-se "deliberadamente" no lado esquerdo do espectro político e, por isso, as ideias divergem em larga escala entre centristas e socialistas.
Adolfo Mesquita Nunces sublinha, por isso, que "um voto no CDS nunca irá para o PS em circunstância alguma", muito por causa da fuga do PS para a esquerda.
"O PS que temos hoje tem uma ideia muito distante da nossa em termos da economia, no desempenho do privado e na educação. Compraram teses com as quais não nos identificamos", disse o vice-presidente do partido liderado por Assunção Cristas.
O vice dos centristas conclui ainda que "a afirmação de uma alternativa" faz-se nestes moldes, rejeitando qualquer aproximação a António Costa e aos restantes membros da Geringonça que "têm noções de democracia muito diferentes."
Questionado sobre as sondagens, o vice-presidente centrista não quis fazer nenhuma projeção, até porque o voto envergonhado que existe no CDS não permite olhar para as previsões de votação como algo fiável, e relembra as autárquicas onde as sondagens, semanas antes da ida às urnas, não apontavam para os 20,57% atingindos por Assunção Cristas que ditaram um segundo lugar do CDS na corrida à Câmara de Lisboa.
Adolfo Mesquita Nunes disse ainda que enquanto as campanhas eleitorais dos partidos não estiverem nas ruas e enquanto não se criar a perceção aos inquiridos de que "têm de escolher", as sondagens pouco dizem.
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