Polémica no CCB. "Quando se transforma uma exoneração num caso político é uma forma de não se falar de mais nada"
No programa da TSF e CNN Portugal, O Princípio da Incerteza, Miguel Macedo refere que, na audição parlamentar de Dalila Rodrigues, ficou por esclarecer "qual era a nova orientação que pretendia" para o CCB. Pacheco Pereira realça que na Cultura, onde "a fome é muita", há "uma enorme competição pelos lugares"
Corpo do artigo
"Quando se transforma uma exoneração de um dirigente num caso político, na verdade, é uma forma de não se falar de mais nada." Quem o considera é a antiga ministra da Cultura Graça Fonseca, que aponta à atual titular da pasta, Dalila Rodrigues, por não ter explicado os motivos que levaram à demissão da presidente da Fundação do Centro Cultural de Belém (CCB).
No programa da TSF e da CNN Portugal, O Princípio da Incerteza, Graça Fonseca assinalou que esta situação é um tema acessório. "Aquilo que deveríamos estar a discutir é a política para a Direção-Geral das Artes, o que está a acontecer com os apoios às artes: deixou-se falar em cinema, eu não conheço o que está a acontecer com a coleção de artes do Estado", argumenta.
Do ponto de vista de Miguel Macedo, as explicações dadas pela governante "não foram abundantes" durante a audição parlamentar, na qual acusou a anterior direção e o anterior ministro de "favorecer as cunhas". Ficou por esclarecer "qual era a nova orientação que pretendia" para o CCB, destaca o também antigo ministro da Administração Interna.
Já para Pacheco Pereira, a Cultura é "um dos setores mais permeáveis à coterie. Como a fome é muita, há uma enorme competição pelas prebendas, pelos lugares, pelos subsídios".
