Pedro Nuno defende que Marcelo não pode ter “dois pesos e duas medidas”. Abstenção na moção seria “impossível de explicar”
Sobre o voto contra a moção de confiança apresentada pelo Governo, o socialista notou que “por mais ginástica” que o PS fizesse “seria impossível explicar a abstenção” depois de, ao longo de um ano, ter garantido que não viabilizaria moções de confiança nem moções de censura
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A reunião da Comissão Política Nacional do PS começou com quase uma hora de atraso, inicialmente, estava marcada para as 21h00, mas, entretanto, Pedro Nuno Santos já discursou perante os membros do órgão. O secretário-geral defende que, com o chumbo da moção de confiança, o Presidente da República não tem outro caminho que não a dissolução do Parlamento, até pela decisão que tomou após a demissão de António Costa.
Dentro de portas, de acordo com relatos de socialistas à TSF, Pedro Nuno Santos defendeu que o Presidente da República “não pode ter dois pesos e duas medidas” - depois de dissolver o Parlamento após a demissão de António Costa, tem de fazer o mesmo com o chumbo da moção de confiança.
Sobre o voto contra a moção de confiança apresentada pelo Governo, o socialista notou que “por mais ginástica” que o PS fizesse “seria impossível explicar a abstenção” depois de, ao longo de um ano, ter garantido que não viabilizaria moções de confiança nem moções de censura.
Diz ainda, perante os membros da comissão política, que nada garantia a presença de Luís Montenegro na comissão parlamentar de inquérito, mesmo que o PS se abstivesse para permitir o inquérito apresentado pelo partido.
Pedro Nuno Santos antevê que, nesse cenário, o “próprio governo demitia-se” para não permitir o escrutínio, com o ónus de que o PS “dava a ideia de ter medo de eleições”.
Já sobre a empresa do primeiro-ministro, o socialista diz que “é um insulto” chamar “empresa” à Spinumviva, lembrando os “empresários que não têm salários mensais”.