Miguel Coelho apresenta queixa após agressão e apela à participação nas eleições: "Devemos cultivar o direito à divergência"
Em declarações à TSF, o autarca de Santa Maria Maior conta ter sido agredido por um homem que estava na fila para votar: "Primeiro disse 'Eu voto Chega', coisa que não pode fazer. 'E tu és um amigo dos monhés. Levas pouco'. Quando eu saí — julguei que aquilo fossem só bocas, mais nada —, ele dá-me uma palmada na cara"
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O presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, revela ter sido alvo de agressão numa mesa de voto em Alfama. Miguel Coelho que, inesperadamente, levou uma "palmada na cara" e caiu para o chão, sublinha que o importante é "celebrar a democracia" e apela à participação nas eleições legislativas.
Em declarações à TSF, Miguel Coelho conta que este era o terceiro local que visitava para perceber se tudo estava a correr bem. O autarca conta que, quando chega à mesa de voto em Alfama, um "indivíduo" que estava na fila para votar "pôs-se aos gritos".
"Primeiro disse 'Eu voto Chega', coisa que não pode fazer, mas enfim. 'E tu és um amigo dos monhés. Levas pouco'. Quando eu saí — julguei que aquilo fossem só bocas, mais nada —, ele dá-me uma palmada na cara", recorda.
Miguel Coelho nota que a agressão "foi tão inesperada" que caiu para o chão. O agressor terá depois dirigido a sua atenção para os restantes cidadãos que procuraram ajudar o presidente da junta.
O autarca garante ter "dezenas de testemunhas" e adianta que chamou a polícia ao local, tendo apresentado queixa.
Como consequência deste episódio, Miguel Coelho ficou com "tonturas", até porque tem um outro "problema de saúde". Ainda assim, defende que o importante é "celebrar a democracia" e apela à participação massiva da população nas eleições legislativas deste domingo.
"Seja em que partido for, mesmo que eu deteste esse partido, as pessoas devem votar. Agora, todos temos de nos respeitar e perceber que esta cultura do ódio, que é da responsabilidade de alguns, só provoca situações lamentáveis. Se queremos preservar a nossa democracia, devemos cultivar mais o respeito pelo direito à divergência e à diferença, em vez de nos estarmos a insultar todos os dias uns aos outros", ressalva.