Processo Tutti Frutti: MP acusa 60 pessoas de corrupção e arquiva suspeitas contra Medina
Entre os arguidos estão o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, o deputado do PSD Carlos Eduardo Reis, o ex-deputado social-democrata Sérgio Azevedo e o vereador Ângelo Pereira
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O Ministério Público (MP) acusou 60 arguidos de crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento, prevaricação, tráfico de influências e falsificação de documentos no âmbito do processo Tutti Frutti. A notícia foi avançada, esta terça-feira, pela CNN Portugal.
Entre os arguidos estão o atual presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, o deputado do PSD Carlos Eduardo Reis e o ex-deputado social-democrata Sérgio Azevedo, além do vereador Ângelo Pereira.
O MP pediu a perda de mandato para aqueles que foram eleitos para cargos autárquicos. Sem fazer referência a qualquer identidade, o despacho indica ainda que foram arquivadas as acusações contra seis arguidos, dois dos quais atualmente deputados na Assembleia da República. Um deles é Fernando Medina.
O antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa não foi acusado pelo Ministério Público, tendo este entendido que não foi possível deduzir que Medina tivesse atuado "com o propósito inequívoco" de beneficiar outros arguidos.
Contactado pela TSF, Fernando Medina não quer prestar declarações e remete para um comunicado mais tarde.
A operação batizada "Tutti Frutti" investiga desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.
No ano passado, a Procuradoria-Geral da República anunciou a designação de "uma equipa integrada" e "em regime de exclusividade", composta por cinco magistrados do MP e cinco inspetores da Polícia Judiciária, para concluir a investigação.
