Carneiro quer eleições "o mais rápido possível" e PS fora de solução de bloco central
José Luís Carneiro defende que o novo secretário-geral do PS deve ser eleito" o mais rápido possível" para evitar um "vazio político". Em entrevista à CNN Portugal, o antigo adversário de Pedro Nuno Santos nas diretas do PS garante que tem recebido muitas mensagens de incentivo para uma candidatura
Corpo do artigo
Apesar de ter recebido muitas mensagens de incentivo, José Luís Carneiro não é claro sobre uma recandidatura a secretário-geral do PS e defende apenas que as eleições devem acontecer "o mais rápido possível". O socialista traçou algumas prioridades do partido esta segunda-feira, em entrevista à CNN Portugal, onde também afastou a possibilidade de uma solução governativa de bloco central.
O também ex-ministro da Administração Interna começou por deixar uma palavra de agradecimento a Pedro Nuno Santos. José Luís Carneiro elogiou a "dignidade" do secretário-geral do PS por abandonar o cargo, após o resultado do partido nas legislativas.
O socialista eleito deputado por Braga recusou atribuir culpas à liderança do partido pelos resultados na noite eleitoral e insistiu: "O PS tem uma responsabilidade fundamental com o país."
Durante a entrevista à CNN Portugal, José Luís Carneiro falou numa "eventual" recandidatura a secretário-geral do PS e assumiu disponibilidade para "servir o PS e o país, como sempre". Além disso, assumiu que tem estado em diálogo com Carlos César e defendeu as eleições "o mais rápido possível", de forma a acabar com o “vazio político" causado pela derrota nas legislativas.
"É necessário escolher a liderança parlamentar."
Questionado sobre qual deve ser a atitude do PS perante a governação da AD, José Luís Carneiro considerou que o PS deve deixar claro que viabiliza, até porque "o PS deve ser um fator de estabilidade e de confiança no futuro". Ainda assim, deixou claro que tal não significa que o PS integre uma solução de bloco central. Para o socialista, o partido deve ser capaz de "assentar compromissos que imponham um ritmo de reforma” em áreas estratégicas com a AD.