Gouveia e Melo é a "versão republicana do Chega". Sondagens mostram "fascínio por fardas"
Dos eventuais candidatos à Presidência da República, "ninguém se destaca pela obra feita", sublinha Pacheco Pereira, no programa O Princípio da Incerteza, da TSF e CNN Portugal. E atira: "Alguns já tem idade para tê-la"
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Numa época de "ascenso de populismo", Gouveia e Melo é a "versão republicana do Chega". É o que considera José Pacheco Pereira, no programa O Princípio da Incerteza.
O historiador enfatiza que, entre os nomes apontados como eventuais candidatos a Belém, "não há ninguém que se destaque por uma obra que tenha feito nestes anos e alguns deles já têm idade para tê-la".
Nesta linha, para Miguel Macedo, o que está em causa com as sondagens a darem vantagem ao almirante é uma forma simplista de ver o debate político e "um certo fascínio por fardas que acontece em setores importantes da sociedade".
"Não sei se esse fascínio não aumenta com algum desencanto com aqueles que são alguns dos protagonistas políticos do momento", argumenta o antigo ministro da Administração Interna.
Por sua vez, e também em declarações no programa da TSF e da CNN Portugal, a líder parlamentar do Partido Socialista, Alexandra Leitão, refere que as eleições presidenciais de 2026 vão mostrar "uma mudança geracional" na luta pela chefia do Estado. A razão? "Fruto, por exemplo, de uma pessoa como António Guterres não querer concorrer."
Gouveia e Melo está com o caminho livre para se candidatar à Presidência da República. Recentemente, comunicou ao Conselho do Almirantado que estava indisponível para continuar mais dois anos como chefe do Estado-Maior da Armada.
