Gripe das aves: probabilidade de transmissão inter-humana "não é grande, mas não é desprezível"
A gripe das aves foi detetada numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra. Em declarações à TSF, o investigador Paulo Paixão diz a origem deste surto está na migração das aves e destaca que transmissão inter-humana continua a ser estudada
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A gripe das aves foi detetada numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, Lisboa, tendo sido aplicadas medidas de controlo e erradicação, anunciou esta segunda-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). À TSF, o especialista Paulo Paixão diz que este surto tem origem na migração das aves.
"A 3 de janeiro, foi confirmado um foco de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa", lê-se numa nota da DGAV.
Em declarações à TSF, o virologista e investigador Paulo Paixão explicou que em plena pandemia da Covid-19 registaram-se surtos maiores e que “no fundo e uma sequência de tudo o que tem acontecido por toda a Europa nos últimos 23 anos”.
As medidas de controlo e erradicação já foram implementadas e incluem a inspeção do local onde a doença foi detetada, o abate dos animais infetados e a limpeza das instalações.
Foram ainda impostas restrições à movimentação e as explorações com aves nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco) estão a ser vigiadas.
“Os riscos para os consumidores são realmente muito baixos”, sublinhou Paulo Paixão, acrescentando que a transmissão inter-humana do vírus continua a ser estudada.
A DGAV pediu ainda a todos os operadores que comuniquem qualquer suspeita de doença, sublinhando que a deteção precoce dos focos "é essencial para a implementação célere de medidas de controlo".
