Neste Dia Mundial da Rádio, Filipe Ricardo Carvalho, animador e diretor da Rádio Ansiães, lembra que a morte da rádio, em geral, já foi vaticinada muitas vezes, mas ela tem-se reinventado e mantido até aos dias de hoje
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A proximidade com as pessoas continua a ser imagem de marca da Rádio Ansiães, que nasceu há 38 anos em Carrazeda de Ansiães, na região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Não podem falhar as notícias regionais, programas de discos pedidos e concursos, pois é através deles que os ouvintes interagem entre eles e com os locutores.
Neste Dia Mundial da Rádio, Filipe Ricardo Carvalho, que é simultaneamente animador e diretor, lembra que a morte da rádio, em geral, já foi vaticinada muitas vezes, mas ela tem-se reinventado e mantido até aos dias de hoje.
No caso da Rádio Ansiães, apesar dos altos e baixos que já atravessou em toda a história de quase quatro décadas, preserva as caraterísticas de proximidade com as populações dos vários concelhos da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, e não só, onde é ouvida. Até porque através da emissão online chega, nomeadamente, a emigrantes radicados em vários países.
Filipe Ricardo lembra que, recentemente, foi divulgado um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Rádios, que “provou que a rádio anda, em termos de audiências, taco-a-taco com a televisão”, o que demonstra que “tem um grande impacto a nível nacional”.
Há dias, uma tempestade provocou uma avaria grave na torre do centro emissor da Rádio Ansiães e silenciou os 98.1 FM durante uma semana. Segundo Filipe Ricardo serviu para provar a falta que a rádio faz quando se cala. “Muita gente, até de concelhos onde não se sabia que a emissão chegava, telefonou a perguntar o que se passava”, disse.
Apesar de a Rádio Ansiães ter emissão disponível na Internet, e de a programação não ter sofrido alterações devido à avaria, nem todos conseguiram mudar-se para o meio digital. A ouvinte diária Dulcínea Almeida notou-lhe a falta no rádio que tem na cozinha. Contou que “foram dias complicados”. “Se estamos um dia sem ouvir rádio, parece que não estamos em nós”, confessou.
