"Segurança da população em causa." Cinco reclusos "extremamente perigosos" fogem da prisão de Vale de Judeus

Está montada uma caça aos homens. Cinco reclusos considerados "extremamente perigosos" fugiram, este sábado, da cadeia de Vale de Judeus, em Alcoentre. A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada à TSF por Frederico Morais, presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional.

"Estamos a falar de reclusos extremamente perigosos. São cinco reclusos e quatro deles têm medidas especiais de segurança, o que quer dizer que só saem ao exterior do estabelecimento prisional acompanhados pelo grupo de intervenção e segurança prisional", adianta à TSF Frederico Morais, sublinhando: "O que se percebeu é que eles puseram uma escada junto ao muro. Alguém arranjou a escada e através dessa escada conseguiram subir ao muro, saltaram para o lado de lá e tinham uma viatura do lado de lá do muro. Não sabemos onde eles estão."

O presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional acrescenta que foi, de imediato, montada uma operação de busca a estes fugitivos. Frederico Morais considera que está em perigo a segurança dos portugueses: "A GNR e a PSP já foram alertadas, a guarda prisional está no terreno a tentar recapturá-los. A segurança da população está em causa. Estamos a falar de presos extremamente perigosos e não temos noção de onde eles estão."

A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais confirma que a fuga dos cinco reclusos aconteceu por volta das 10h00 deste sábado. Numa nota, esclarece que os presos têm idades entre os 33 e os 61 anos, sendo que dois deles foram condenados à pena máxima de 25 anos. Em causa estão crimes como roubo, rapto, sequestro e tráfico de droga. A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais refere ainda que as imagens de videovigilância confirmam que a fuga foi possível graças a uma escada que foi colocada junto a um muro da cadeia de Vale de Judeus. 

"Da avaliação preliminar, através de consulta ao CCTV, é possível informar que a evasão se deu com ajuda externa através do lançamento de uma escada que permitiu aos reclusos escalarem o muro e acederem ao exterior", pode ler-se na nota.

No mesmo comunicado, a entidade garante que a Polícia Judiciária, a GNR e a PSP já estão no terreno e os serviços de auditoria e inspeção da cadeia já abriram um inquérito.