A identidade dos três reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas na Faixa de Gaza que serão libertados no sábado foi esta sexta-feira confirmada pelo gabinete governamental israelita
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O Clube dos Prisioneiros Palestinianos anunciou esta sexta-feira que Israel libertará no sábado 369 prisioneiros palestinianos em troca de três reféns mantidos em Gaza desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas ao território israelita, em outubro de 2023.
"No total, 36 prisioneiros condenados a prisão perpétua deverão ser libertados no âmbito da sexta troca, 24 dos quais serão expulsos, além dos 333 prisioneiros da Faixa de Gaza detidos depois de 7 de outubro de 2023", declarou o presidente da organização não-governamental (ONG), Abdallah Zeghari, citado pela agência de notícias francesa AFP.
A identidade dos três reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas na Faixa de Gaza que serão libertados no sábado - nos termos do acordo de cessar-fogo em vigor naquele enclave palestiniano desde 19 de janeiro, após mais de 15 meses de guerra - foi hoje confirmada pelo gabinete governamental israelita.
São todos homens e com dupla nacionalidade: Sacha Trupanov (israelo-russo, 29 anos), Sagui Dekel-Chen (israelo-americano, 36 anos) e Yair Horn (israelo-argentino, de 46 anos). Todos foram sequestrados pelo Hamas a 7 de outubro de 2023, dia do ataque do grupo extremista ao sul de Israel, no 'kibutz' (comunidade) Nir Oz.
Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, esta será a sexta troca de reféns por prisioneiros. Até à data, foram libertados 16 reféns israelitas ou com dupla nacionalidade, bem como cinco reféns tailandeses, libertados à margem do acordo.
No total, a primeira fase do acordo prevê a libertação de 33 reféns até ao início de março, incluindo oito reféns dados como mortos, em troca de cerca de 1900 palestinianos encarcerados por Israel.
A troca de sábado esteve em dúvida durante a semana, depois de o Hamas ter anunciado que iria suspender o processo, devido às "violações" israelitas do acordo de cessar-fogo, em particular quanto ao bloqueio da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
