"Segurança interna faz-se também com operações mais musculadas." Pedro Nuno rejeita “desvalorizar” criminalidade
Pedro Nuno Santos convocou vários antigos ministros socialistas para discutir a segurança interna do país
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Pedro Nuno Santos admite que a segurança interna também se faz com operações mais musculadas, num ano marcado por várias operações policiais, desde logo, no Martim Moniz, em Lisboa. O secretário-geral do PS nota que Portugal é “um dos países mais seguros do mundo”, mas rejeita desvalorizar a criminalidade que, ainda assim, afeta o país.
Para discutir a justiça e a segurança interna, o PS convocou vários antigos ministros: Alberto Costa, Eduardo Cabrita e, sentado ao lado de Pedro Nuno Santos, o antigo ministro e opositor interno José Luís Carneiro.
“Portugal é um dos países mais seguros do mundo, mas isso não pode levar a que um socialista desvalorize a criminalidade que existe”, alertou.
Palavras um dia após conhecido o Relatório Anual de Segurança Interna, que mostra um aumento da criminalidade violenta, em 2,6 por cento, apesar de existir uma redução da criminalidade geral.
“O crime, tenha ele a dimensão que tiver, é sempre negativo. E, por isso, nós temos de ter uma resposta para a criminalidade, para a segurança interna que não se limite a celebrar o facto de o país ser um dos países mais seguros do mundo”, acrescentou.
Os últimos meses ficaram marcados por várias operações policiais, desde logo, no Martim Moniz, em Lisboa, onde as forças de segurança apareceram com vários operacionais e chegaram até a encostar pessoas à parede.
“A segurança interna faz-se também, obviamente, dessas operações mais musculadas. O que é fundamental, e os diferentes Governos do PS nunca o fizeram, foi apropriar-se do trabalho e da imagem das forças de segurança. Nós assistimos a isso no último ano, por parte deste Governo, chegámos mesmo a ter o ministro da Presidência a anunciar operações policiais”, apontou, numa crítica ao Governo.
O Governo colocou a segurança como um dos temas prioritários, ao longo dos últimos meses, o que levou o primeiro-ministro, em horário nobre, a fazer uma declaração ao país sobre o assunto. O PS coloca também a tónica no policiamento de proximidade e Pedro Nuno Santos lembra o trabalho de antigos ministros socialistas.
“Fizemos um caminho para alguns programas que sobreviveram até ao dia de hoje e que são elogiados pela população, em policiamento de proximidade, como a escola segura”, lembrou, num programa encetado pelo ministro da Administração Interna Alberto Costa, nos tempos de António Guterres.