Do "sentimento de impotência" à gestão dos fogos: o que os autarcas querem dizer a Marcelo e Montenegro na visita às zonas ardidas
À TSF, o autarca de Baião adianta uma primeira estimativa para os prejuízos, entre os quais está a perda total de quatro edifícios de primeira habitação. Por sua vez, o presidente da Câmara de Sever do Vouga quer sensibilizar para que os autarcas tenham uma voz mais ativa na "prevenção destas calamidades"
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O Presidente da República e o primeiro-ministro estão, no momento da publicação deste artigo, em Baião. É a primeira paragem de uma visita a alguns dos concelhos mais afetados pelos incêndios deste mês e que afetaram o norte e centro do país.
Em declarações à TSF, antes do início da visita de Marcelo e Montenegro, o autarca Paulo Pereira adiantou uma primeira estimativa para os prejuízos: ascendem a cinco milhões de euros e a plataforma de inscrição dos dados ainda não está fechada.
"Na última sexta-feira, nós tínhamos uma perda total de quatro edifícios de primeira habitação, uma perda parcial de seis edifícios de primeira habitação, depois mais quatro de segunda habitação, habitação sazonal, 19 anexos agrícolas, arrecadações e garagens e depois ainda vários prejuízos relativos à perda de animais, culturas agrícolas", entre outros.
Paulo Pereira refere igualmente que vai aproveitar para falar sobre "o sentimento, quando os incêndios decorriam, de impotência, também da dificuldade sentida devido à falta de disponibilização de meios, nomeadamente meios aéreos, para ajudar as pessoas que estavam em sofrimento".
Por sua vez, o presidente da Câmara de Sever do Vouga, Pedro Lobo, sublinha à TSF que quer sensibilizar para a necessidade de chamar os autarcas, "as pessoas que melhor conhecem o território", a ter uma voz mais ativa na gestão de fogos, "de forma a criar-se uma legislação adequada e que permita prevenir estas calamidades".
O Presidente da República e o primeiro-ministro vão visitar juntos, esta segunda-feira de manhã, algumas das zonas afetadas pelos incêndios do norte e centro do país. Vão sobrevoar as áreas ardidas de helicóptero e parar em Baião (distrito do Porto), Vila Pouca de Aguiar (distrito de Vila Real) e Sever do Vouga (distrito de Aveiro).
Ambos estarão acompanhados pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, da Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e do secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Ribeiro.
