Irão promete ir "até à última gota de sangue” para travar ataques de Israel, Netanyahu acredita que vai "mudar a face do Médio Oriente"
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"Eles querem negociar, mas deviam tê-lo dito antes. Eu acho que o Irão não está a ganhar esta guerra e que deve negocar imediatamente, antes que seja tarde demais", defendeu Trump.
O Presidente dos EUA lembrou que sempre apoiou Israel.
"Há muito que os apoiamos fortemente. E Israel está a sair-se muito bem agora", acrescentou o líder norte-americano.
Quando foi questionado pelos jornalistas sobre se os Estados Unidos se envolveriam militarmente neste conflito, Trump ignorou a questão.
"Não quero falar sobre isso", limitou-se a dizer o Presidente norte-americano.
O Irão instou duas estações de televisão israelitas a evacuarem as suas sedes, horas depois de um ataque de Israel contra o edifício da estação pública iraniana em Teerão.
O Irão emitiu um alerta de evacuação para os canais israelitas N12 e N14. Esta decisão surge após o ataque hostil do inimigo sionista ao serviço de transmissão da República Islâmica do Irão.
Em videoconferência de imprensa, Benjamin Netanyahu indicou que não pretende derrubar o regime de Teerão, mas disse que não ficaria surpreendido se isso acontecesse, ao mesmo tempo que não descartou o assassínio do líder supremo iraniano, Ali Khamenei.
“Vamos fazer o que for necessário", declarou ao ser questionado sobre essa possibilidade.
Os iranianos estão a descobrir que “o regime é muito mais fraco" do que pensavam, observou Netanyahu, acrescentando que as Forças de Defesa de Israel estão a eliminar os altos comandantes militares iranianos “um por um”.
"Um único telefonema de Washington seria suficiente para amordaçar alguém como [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu e abrir caminho para o regresso da diplomacia", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi numa mensagem divulgada na rede social X.
"Se [Donald] Trump for sincero em relação à diplomacia e quiser interromper esta guerra, os próximos passos são óbvios. Israel precisa de cessar a sua agressão. Se não houver uma cessação completa da agressão militar contra nós, as nossas respostas continuarão", avisou o chefe da diplomacia iraniana.
Araqchi acrescentou que o ataque israelita ao Irão e as mortes de "centenas de civis inocentes" são "um fracasso em frustrar um acordo entre o Irão e os Estados Unidos", que admitiu estar até agora "no bom caminho".
O ministro iraniano lembrou que "Netanyahu é um criminoso de guerra procurado" que "enganou um Presidente norte-americano após outro para travar guerras durante quase três décadas".
"Está a fazer com que mais um Presidente norte-americano e cada vez mais contribuintes norte-americanos pareçam completos idiotas", argumentou.
Araqchi insistiu que o seu país “não iniciou esta guerra e não quer perpetuar o derramamento de sangue”, prometendo também lutar “orgulhosamente até à última gota de sangue” para proteger o território e o povo.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão disse que o ataque às instalações da Radiodifusão da República Islâmica, durante uma emissão em direto, foi um “ato perverso” e um "crime de guerra".
Esmaeil Baqaei, citado pela agência de notícias France-Presse, apelou ainda ao Conselho de Segurança da ONU para que tome medidas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirma que a morte do líder supremo do Irão, Ali Khamenei, "terminaria com o conflito".
O edifício da emissora da Radiodifusão da República Islâmica do Irão (IRIB) foi atingido por um ataque israelita. As emissões foram interrompidas imediatamente.
Israel pediu a evacuação de várias localidades no nordeste de Teerão, antecipando o bombardeamento de "infraestruturas militares" iranianas.
"Nas próximas horas, as forças armadas israelitas vão operar na área (...) para atingir as infraestruturas militares pertencentes ao Irão. Cidadãos de Teerão, para vossa segurança, evacuem [estas] zonas", declarou o porta-voz do exército israelita, coronel Avichay Adraee, numa mensagem de Telegram, citada pela agência de notícias France-Presse.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, revelou esta segunda-feira que já está em curso uma operação de repatriamento em Israel, numa resposta a 130 pedidos de ajuda.
"A situação mais importante era no Irão", de onde já saíram "quatro portugueses para o Azerbaijão". Já tinha "saído um pela Turquia" e "há ainda três expatriados que estão, mas que têm meios próprios para regressar".
A segunda situação mais complexa diz respeito aos cidadãos que estão em Israel: o ministério já recebeu 130 pedidos de repatriamento, por parte de um número significativo de cidadãos que estavam em trânsito (turismo ou trabalho) e ficaram sem aviões. Está, por isso, em curso uma operação para os trazer para Portugal, sendo que o prazo para a sua execução não é conhecido, mas levará o "seu tempo" para que estes cidadãos sejam colocados "num local seguro", até porque é uma situação "complicada". E lembra que, no Irão, Portugal fez "toda esta operação sem que ninguém soubesse".
Paulo Rangel, que recusa revelar "detalhes" para não pôr "em perigo" aqueles que são repatriados, fala num esquema de repatriamento com deslocações por via área e terrestre, sendo que a última é vista como uma dificuldade particular, dado o trânsito rodoviário acarreta perigos maiores. Os portugueses contactos, diz, estão bem.
O ministro assinala ainda que estas são "situações muito complexas" e sublinha que, no caso da Jordânia, a "dimensão de segurança não está em causa", não vendo por isso "razão para preocupação". Há neste momento 37 turistas retidos neste país, "sem risco de ataque", devido ao encerramento temporário do espaço aéreo, que acusaram o Governo de inação. Rangel adianta, contudo, que já recebeu quatro contactos de pessoas que se mostram "tranquilas".
O governante vinca, por isso, as diferenças com a situação em Israel, onde "todos os dias caem mísseis" e onde o conflito já está "materializado". Ainda assim, "há milhares de portugueses" que, para já, não mostraram qualquer intenção de deixar o Estado israelita.
Bom dia! A TSF vai acompanhar ao minuto, através deste liveblog, os desenvolvimentos mais recentes do conflito no Médio Oriente.
Paulo Rangel destaca ainda que as operações de repatriamento estão, "talvez, a correr melhor do que o previsto", e insiste na necessidade de que o processo ocorra de forma "serena" para garantir que os portugueses "chegam bem".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros, lembra, desaconselha viagens para o Médio Oriente desde 7 de outubro de 2023. "Infelizmente, há muitos portugueses que não têm tido atenção estes avisos", nota, acrescentando que os portugueses que se desloquem para estes país devem fazer o seu registo no programa consular e junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Todos sabem que esta é uma zona de conflito muito arriscada", salienta.
Questionado ainda pela TSF sobre se condena a ação de Israel, Rangel recusa comentar, afirmando que a declaração feita esta segunda-feira aos jornalistas serve apenas para "tratar de questões de repatriamento" e remete qualquer consideração para o comunicado emitido pelo Governo durante o fim de semana.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis contra Israel.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
Todos aqueles que pediram ajuda, foram considerados nesta lista. Se mais houver, mais se considerarão.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, alertou esta segunda-feira para o risco de fugas radioativas devido aos ataques israelitas contra instalações nucleares iranianas e ofereceu-se para se deslocar à região.
Apesar do alerta, a AIEA assegurou que não detetou quaisquer fugas radioativas desde que Israel lançou a ofensiva contra o Irão, na sexta-feira.
Grossi informou esta segunda-feira o Conselho de Governadores da AIEA de que a agência da ONU com sede em Viena acompanha a situação de perto desde o início do conflito.
Disse que o centro de crise da AIEA está a trabalhar 24 horas por dia para avaliar o nível de radiação nas principais instalações iranianas.
O objetivo é poder responder a uma eventual emergência no prazo máximo de uma hora, explicou, de acordo com a agência de notícias espanhola Europa Press.
O grupo de 37 portugueses retido na Jordânia devido ao encerramento do espaço aéreo após o início do conflito armado entre Israel e o Irão regressa a Portugal na quarta-feira, num voo com partida em Istambul.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros adianta à TSF que os 37 turistas portugueses já deixaram a capital jordana, Amã, e estão nesta altura em Aqaba. Numa nota enviada à TSF, o gabinete do ministro Paulo Rangel acrescenta ainda que, na terça-feira, os cidadãos vão seguir de barco para o Egito, às 09h30 locais, onde embarcarão, mais tarde, num voo com destino a Istambul. O voo de regresso para Portugal está previsto para quarta-feira.
Um grupo de 37 portugueses está retido na Jordânia devido ao encerramento do espaço aéreo após o início do conflito armado entre Israel e o Irão, na sexta-feira passada, e acusa as autoridades portugueses de falta de apoio.
Em declarações à Lusa, Carlos Lima, um dos elementos do grupo, que viajou para a Jordânia de férias no passado dia 05, explicou que o voo de regresso a Portugal estava previsto para domingo, mas que os viajantes foram avisados de que o voo seria adiado para segunda-feira à noite.
No entanto, o espaço aéreo está atualmente encerrado, depois de ter reaberto temporariamente no sábado.
Os portugueses, a maioria idosos, têm estado nos últimos dias em Amã, capital jordana, que fica na rota dos mísseis trocados desde sexta-feira entre Telavive e Teerão.
Carlos Lima relatou ser frequente ouvir as sirenes na cidade e passarem mísseis “a alta velocidade” por cima do hotel onde os portugueses se encontram, “instalado num dos edifícios mais altos da cidade de Amã”.
Os turistas estão “bastante preocupados” e as famílias em Portugal estão “em pânico”, descreveu.
A China defendeu esta segunda-feira que se criem "condições para retomar o caminho certo do diálogo" entre Irão e Israel, na sequência dos ataques dos últimos dias, que causaram mais de 20 mortos israelitas e mais de 220 iranianos.
"Estamos profundamente preocupados com os ataques israelitas contra o Irão e com a súbita escalada do conflito militar", afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
Guo apelou a todas as partes para que "tomem medidas imediatas para aliviar as tensões e evitem que a região mergulhe numa agitação ainda maior", defendendo que "a força não pode trazer uma paz duradoura".
"O aprofundamento ou eventual alastramento do conflito entre Israel e o Irão terá como primeiras vítimas os países do Médio Oriente", alertou, acrescentando que a China continuará a "manter a comunicação com as partes relevantes e a promover a paz e o diálogo".
No sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, manteve conversações com os seus homólogos do Irão e de Israel, nas quais condenou o ataque aéreo israelita em território iraniano, que classificou como "violação do direito internacional" com potencial para desencadear "consequências desastrosas".
Wang reiterou, em ambas as chamadas, a oposição da China ao uso da força, defendeu a via diplomática como única solução para a questão nuclear iraniana e voltou a oferecer a mediação de Pequim para evitar uma maior desestabilização no Médio Oriente.
O Irão bombardeou esta noite com mísseis várias cidades israelitas importantes, matando, pelo menos, cinco pessoas, segundo os serviços de emergência de Israel, em resposta aos ataques israelitas que atingiram território iraniano pela quarta noite consecutiva.
Em Telavive, as imagens da AFP mostraram edifícios destruídos onde os bombeiros procuravam sobreviventes entre os escombros. Outros projéteis atingiram as cidades de Petah Tikva e Bnei Brak, perto de Telavive, ainda segundo a agência de notícias francesa.
A embaixada dos Estados Unidos em Tel Aviv sofreu "pequenos danos" por mísseis lançados esta noite, que atingiram as proximidades do edifício, segundo o embaixador norte-americano em Israel, Mike Huckabee.
O diplomata informou que os bombardeamentos não resultaram em feridos e que a embaixada e o consulado dos Estados Unidos em Israel continuarão oficialmente fechados hoje, devido às ordens de confinamento das autoridades israelitas.
Em Teerão, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, apelou hoje num discurso no parlamento à unidade dos iranianos, instando a população a manter-se eunida e "forte contra a agressão criminosa genocida".
E, em Jerusalém, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu que o povo de Teerão "pagará o preço" dos ataques iranianos contra civis israelitas.
Pelo menos cinco pessoas morreram, esta segunda-feira, em Israel, após vários ataques iranianos durante a madrugada. As autoridades adiantam que outras 92 pessoas ficaram feridas, tendo sido transportadas para o hospital.
O exército israelita anunciou a deteção de uma nova salva de mísseis lançados pelo Irão, que a defesa antiaérea estava a tentar intercetar, mas várias explosões foram ouvidas em Jerusalém.
"Há pouco tempo, o exército identificou mísseis lançados do Irão em direção ao território do Estado de Israel" e "os sistemas de defesa estão ativados para intercetar a ameaça", declarou o exército em comunicado, instando a população "a dirigir-se para uma zona protegida e aí permanecer até nova ordem".
A AFP testemunhou a ocorrência de fortes explosões ao início desta madrugada em Jerusalém.
As hostilidades abertas entre Israel e o Irão entram hoje no quarto dia sem sinais de abrandamento, alimentando o receio de uma guerra mais vasta na região rica em petróleo.
O Irão disparou várias vagas de drones e mísseis nas últimas 24 horas, enquanto Israel atingiu a capital da República Islâmica, Teerão, matando mais um importante oficial militar, o chefe dos serviços de informações.
Desde sexta-feira, 224 pessoas foram mortas no Irão, de acordo com o governo do país, que afirmou que os civis constituem a maioria das vítimas. Os ataques iranianos causaram a morte de 14 pessoas e cerca de 400 feridos, segundo os serviços de emergência israelitas.
