Carlos Cortes espera que novo director-executivo seja "um médico conhecedor do terreno" e que substituição seja "rápida"
Para o bastonário, o profissional de saúde que ocupará o cargo tem de ser "alguém que, independentemente da mudança dos Governos, possa e deva manter a função", considera em declarações à TSF
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O bastonário da Ordem dos Médicos espera que o novo director-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenha um perfil "mais adequado". Carlos Cortes quer que seja "um médico conhecedor do terreno" e que a substituição aconteça "rapidamente", destaca em declarações à TSF.
Não obstante, o bastonário elogia a atitude de António Gandra D'Almeida, que se demitiu após suspeitas "graves" sobre irregularidades, quando era director do INEM no Porto.
O bastonário traça o perfil de quem gostaria de ver à frente da Direcção Executiva do SNS: "Eu não tenho dúvidas nenhumas que tem de ser alguém que conheça o terreno, um médico. Alguém que, independentemente da mudança dos Governos, possa e deva manter esta função."
Do ponto de vista de Carlos Cortes, o que tem "falhado" na direcção-executiva "é precisamente a capacidade de liderar todo o Serviço Nacional de Saúde, articular as unidades locais de saúde entre elas". E acrescenta: "há aqui uma oportunidade" e "muito rapidamente, no início da semana, já se deverá ter um nome" para substituir Gandra D'Almeida.
A ministra da Saúde aceitou o pedido de demissão apresentado na sexta-feira à noite pelo diretor-executivo do SNS, António Gandra D'Almeida, surgido na sequência de uma investigação da estação SIC, que denunciou que o responsável acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas Urgências de Faro e Portimão, referindo que a lei diz que é incompatível.