A entrada em vigor das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos estão a provocar tensões em França
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Com uma sobretaxa sobre todas as importações, a medida de Donald Trump continua a gerar reações em França e por toda a União Europeia. O ministro francês da Economia, Éric Lombard, considera que estas medidas vão ter um impacto limitado na Europa, embora reconheça que estamos a viver um momento histórico. O Presidente francês, Emmanuel Macron, defende uma resposta unida e proporcional.
Desde as 6h00 deste sábado, os Estados Unidos aplicam uma tarifa adicional mínima de 10% sobre todas as importações da União Europeia. A medida, imposta pelo Presidente norte-americano, exclui apenas o Canadá e o México.
Dentro de quatro dias, a partir de 9 de abril, entra em vigor uma segunda vaga de tarifas, com um aumento de 20% para a União Europeia.
O ministro francês da Economia, Éric Lombard, reconhece que o impacto desta medida de Donald Trump vai ter maiores consequências para os Estados Unidos do que para a União Europeia.
"Temos instrumentos fiscais e a vantagem desses instrumentos é que podem incidir sobre empresas específicas, sem afetar sectores inteiros. O nosso objetivo é, tanto quanto possível, proteger os cidadãos da União Europeia. Aliás, fizemos os primeiros cálculos e o impacto, este ano, na União Europeia será bastante menor do que nos Estados Unidos. O que nos deixa também algum tempo para nos adaptarmos. O Presidente da República, juntamente com o primeiro-ministro, reunimo-nos com os sectores. Vamos apoiar as empresas neste período tão difícil — neste momento histórico que estamos a viver", descreveu Éric Lombard.
Macron apelou às grandes empresas europeias para suspenderem investimentos nos EUA e defendeu a aplicação de tarifas recíprocas, considerando as medidas de Trump “brutais”, pedindo uma resposta unida da Europa.
A China respondeu de imediato com a imposição de tarifas de 34% sobre produtos norte-americanos. O impacto foi imediato: Wall Street fechou em forte queda, com uma descida de quase 6%.
Em Bruxelas, os dirigentes europeus estudam contramedidas, caso não haja recuo de Washington. O objetivo é claro: defender os interesses europeus.
