Presidente do Pevidém: "Se calhar é agora que toda a gente vai pronunciar bem o nome do clube"
A equipa vimaranense defronta o Benfica na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Mais do que o sonho de passar em frente na prova rainha, as fichas estão colocadas na subida à Liga 3
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O presidente do Pevidém Sport Clube não tem dúvidas que se aproxima o jogo "mais mediático" da história do emblema de Guimarães. Ainda assim, recusa a ideia do duelo com o Benfica ser o mais importante, até porque existe o objetivo de subir do Campeonato de Portugal à Liga 3.
Em entrevista à TSF, Rui Machado refere que este tipo de jogos "atrai muita curiosidade do público em geral" e que é "uma oportunidade para conhecer outros clubes e outras terras". "Se calhar é agora que toda a gente vai pronunciar bem o nome do clube. É Pevidém e não 'Pevídem'", brinca com a situação.
Apesar da envolvência do encontro, o presidente, que está há dez anos na direção, sete na presidência, direciona o foco para o campeonato. Em consonância com o presidente da SAD, Tatsuya Ishizuka, Rui Machado define a meta de chegar à "divisão mais alta dos campeonatos não profissionais, a Liga 3". "Tudo o que puder vir acima disso..."
Ao cabo de seis jornadas, o Pevidém ocupa o sétimo lugar da Série A do Campeonato de Portugal, com dez pontos, a dois das posições que garantem o acesso à fase de subida.
O treinador da equipa, João Pedro Coelho, confessa que, quando foi conhecido o sorteio, houve um "pacto interno para não se falar do Benfica", enquanto existissem outras partidas por realizar. Depois da vitória frente ao Vianense, por 1-2, e do empate sem golos, em casa, diante do Brito SC, a atenção está agora virada para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.
"Sabemos muito mais do Benfica do que o contrário, como é natural", frisa, mas destaca que o Pevidém também se deve "concentrar" em si. Caso contrário, se "a atenção for muito desviada para o adversário", existe "o risco de a equipa não apresentar a melhor versão". "Há uma responsabilidade acrescida porque representa quase um Campeonato de Portugal inteiro, os seus jogadores e os seus treinadores", afirma.
A partida realiza-se no sábado, às 20h15, no Comendador Joaquim de Almeida Freitas, terreno emprestado pelo vizinho Moreirense, porque o Parque de Jogos Albano Coelho Lima não reúne as condições necessárias. João Pedro Coelho compreende a decisão, mas tem pena por não jogar no campo habitual. "Se fosse em Pevidém, as coisas poderiam ser diferentes. Seria o nosso habitat, com as nossas dimensões e com o nosso público, com uma envolvência diferente", argumenta.
No plantel do Pevidém mora um jogador natural daquela vila vimaranense e que tem uma Taça de Portugal no currículo, conquistada frente ao Benfica. Na época 2012/2013, André Preto era o terceiro guarda-redes do maior clube da cidade, Vitória SC, atrás de Douglas Jesus e Assis, e pôde receber a medalha porque foi suplente nas meias-finais frente ao Belenenses.
Na final não jogou, mas mereceu posição de destaque. "Quando a taça foi levantada, estava mesmo ao lado do capitão, Alex Costa, e, por isso, apareço nas fotografias. Isso vai ficar registado para sempre", recorda.
