Rock in Rio. Moedas assume "alegria" e "risco político" em mudar festival para o Parque Tejo
No primeiro dia do festival, que celebra os 20 anos em Portugal, o autarca de Lisboa não esconde a "emoção" de ver o parque inaugurado durante a Jornada Mundial da Juventude com 80 mil pessoas. Carlos Moedas assume os constrangimentos no plano dos transportes, que a organização em conjunto com a Câmara, foi adaptando
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O presidente da Câmara de Lisboa assume que a organização do Rock in Rio, em conjunto com a autarquia, teve de adaptar o plano logístico de transportes, face aos constrangimentos que se registaram antes da abertura do recinto no Parque Tejo.
Depois de muita música no Parque da Bela Vista, o maior festival de música do país muda-se, ao fim de duas décadas, para uma nova localização na zona oriental de Lisboa, no parque construído para a Jornada Mundial da Juventude.
"É normal que no primeiro dia haja sempre algum constragimento e tomei um grande risco político em trazer isto para aqui e quando uma pessoa corre o risco, traz algo de novo, há sempre coisas que acontecem. Hoje de manhã, tivemos de multiplicar por dois o número de autocarros, porque vimos que não estava a dar capacidade àquilo que era a quantidade de pessoas. A Carris tem estado a fazer tudo o que é possível, temos estado a multiplicar, já multiplicámos por três o número de autocarros", afirma à TSF, Carlos Moedas.
Sublinhando o risco de mudar a localização do Rock in Rio da Bela Vista para o parque à beira Tejo, Carlos Moedas não esconde a "emoção e a alegria" de constatar que esta foi uma aposta ganha. "É uma emoção e uma alegria, porque na altura, quando houve aqui a JMJ, a grande dúvidas que os lisboetas tinham, era se este espaço iria ser utilizado. E este espaço são 30 hectares de cidade verde, mas é também para ser utilizado em eventos muito marcantes e este é um desses eventos", refere o autarca.
Carlos Moedas afirma que, até agora, o balanço é positivo. Neste primeiro dia do Rock in Rio, deslocaram-se até ao Parque Tejo cerca de 80 mil pessoas. O Palco Mundo foi inaugurado pelos Xutos e Pontapés. A banda, que celebra este ano, 45 anos de carreira esteve acompanhada pela Orquestra Filarmónica Portuguesa, tendo revisitado diversos êxitos das últimas décadas.
De seguida, subiram ao principal palco do Rock in Rio, os Extreme. Os norte-americanos, cantaram "More Than Words" em uníssono, mas antes, o guitarrista da banda, o português Nuno Bettencourt, ofereceu um dos momentos do dia, interpretando à guitarra o Hino Nacional.