Conselho de Ministros vai aprovar despesa de 20 milhões de euros para aquisição de veículos para PSP e GNR
Luís Montenegro destaca a "celeridade e cooperação das forças [de segurança] no terreno", que têm levado à identificação de vários suspeitos, e assegura que o Governo não vai "fechar os olhos" a circunstâncias que têm "reforçado um sentimento de insegurança" no país, numa referência aos tumultos na Grande Lisboa
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou esta quarta-feira que vai ser aprovado em Conselho de Ministros a alocação de mais de 20 milhões de euros para a aquisição de 600 veículos para a PSP e GNR.
Numa comunicação feita ao país, o chefe do Executivo garante que Portugal é "mesmo um dos países mais seguros do mundo", sublinhando que o Governo está "empenhado em cumprir o seu programa". Anuncia, por isso, que será feito um investimento maior nos meios disponibilizados às forças policiais para o cumprimento das missões.
"Vamos aprovar, em Conselho de Ministros, a autorização de despesa de mais de 20 milhões de euros para a aquisição de mais de 600 veículos para a PSP e GNR", aponta.
Montenegro explica que a campanha "Portugal Sempre Seguro" tem estado ativa desde 4 de novembro, uma iniciativa que envolve "várias entidades públicas" e elogia a "cooperação interinstitucional".
"Estamos a falar de mais de 170 operações, que envolveram mais de quatro mil efetivos destas forças e destes serviços, foram fiscalizadas mais de sete mil pessoas e mais de dez mil veículos. Foram levantados mais de dois mil autos de contraordenação e realizadas diversas apreensões. Foram desmanteladas duas redes criminosas, no âmbito da imigração ilegal e tráfico de pessoas", explica.
Adianta igualmente que estão em curso "diligências investigatórias" sobre acontecimentos recentes, nomeadamente no que diz respeito aos incêndios de na via pública de veículos, autocarros, equipamentos e peças de mobiliário. Lamenta que estas situações tenham conduzido a crimes de "ofensa à integridade física", denunciando mesmo o crime de "atentando à vida", numa referência ao motorista que sofreu queimaduras graves na sequência dos tumultos na Grande Lisboa.
O primeiro-ministro destaca a "celeridade e cooperação das forças [de segurança] no terreno", que têm levado à identificação de vários suspeitos e assegura que o Governo não vai "fechar os olhos" a circunstâncias que têm "reforçado um sentimento de insegurança" no país.
Questionado ainda pelos jornalistas sobre se mantém a confiança política na ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o chefe do Executivo reitera: "Todos os membros do Governo têm a minha confiança plena. Estão a fazer um trabalho excecional relativamente aos desafios que temos pela frente, que têm de ser ultrapassados com decisões e ações."
Sobre as críticas feitas pelos membros da oposição, Luís Montenegro garante que o "foco" do Governo não é esse: "O nosso foco não é trabalhar para as oposições. O nosso foco é trabalhar para as populações."
Nota, assim, que está "atento ao que se passa na sociedade", e reconhece o trabalho que as forças de segurança estão a promover no país".
"Sendo um país seguro, não podemos deixar crescer sentimentos de insegurança. Temos de fazer tudo para salvaguardar os direitos das pessoas e naquilo que é hoje um ativo económico que importa salvaguardar", insiste.