"É quase um sonho." Seleção de râguebi defronta bicampeões do mundo pela primeira vez e espera 10 mil emigrantes nas bancadas
Em entrevista à TSF, o presidente da federação aborda o caráter inédito do encontro com a África do Sul
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O presidente da Federação Portuguesa de Râguebi considera uma “honra” jogar contra a África do Sul, o que seria “impensável há um ano”. O encontro inédito entre Portugal e os atuais bicampeões do mundo realiza-se sábado, às 16h00, no Estádio Free State Vodacom Park, em Bloemfontein.
Em declarações à TSF, Carlos Amado da Silva adianta que os bilhetes estão esgotados há duas semanas, algo que “nunca aconteceu naquela cidade”, designada como a capital judicial do país. Num recinto com capacidade para 45 mil pessoas, são esperados cerca de 10 mil portugueses, oriundos das várias comunidades de emigrantes residentes no país, como Pretória, Joanesburgo, Cidade do Cabo e Durban.
Sem rodeios, assume que 'Os Lobos' “ainda não estão preparados” para se baterem de igual para igual com os Springboks (alcunha da seleção africana e que faz alusão a uma espécie de gazela). Ainda assim, espera que Portugal não seja presa fácil e faça “um bom jogo”, tentando “de tudo para contrariar o poderio do adversário”.
Depois da vitória, por 22-37, na Namíbia, diante da seleção local, no último sábado, é o segundo encontro da seleção lusa na digressão pelo continente africano. Esta travessia serve de preparação para o Campeonato da Europa 2025, que tem implicação direta na qualificação para o Mundial 2027. Num grupo com Roménia, Bélgica e Alemanha, Carlos Amado da Silva está “absolutamente seguro” que Portugal vai garantir o passaporte para a prova que se realiza na Austrália. “Esse é o nosso objetivo. Queremos a segunda presença consecutiva num Mundial. Seria a primeira vez”, frisa.
À exceção de Mike Tadjer, que terminou a carreira, e ainda com “dúvidas” quanto à continuidade de Jerónimo Portela, o dirigente diz que “todos os jogadores que estiveram no Mundial de Paris continuam disponíveis”. Além disso, há “um reforço de muitos jovens que entraram no princípio do ano”. “Atrevo-me a dizer que a base de trabalho é melhor do que em 2019, em maior quantidade e qualidade”, continua.
Com um novo selecionador, Simon Mannix, antigo internacional neozelandês, desde abril, o presidente da federação fala num “projeto de continuidade”, mas com “maior experiência”. No seu entender, isso já foi “visível” no duelo contra a Namíbia.
