Chega disponível para ser parceiro na reforma do Estado, Executivo quer envolver todos
O deputado Bruno Nunes reivindicou a reforma do Estado como uma proposta do seu partido "desde 2019"
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O Chega manifestou-se esta terça-feira disponível para ser parceiro preferencial para as alterações legislativas relacionadas com a reforma do Estado no Parlamento, matéria em que o executivo PSD/CDS-PP anunciou a intenção de envolver todos os partidos.
Estas posições foram assumidas durante o debate do Programa do Governo, na Assembleia da República, na fase de esclarecimento dirigidos ao ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Saraiva Matias.
Numa intervenção em nome do Chega, o deputado Bruno Nunes reivindicou a reforma do Estado como uma proposta do seu partido "desde 2019" e desafiou o ministro a esclarecer "como é que pretende fazer esta reforma do Estado" que depende da aprovação de legislação no parlamento.
O deputado do Chega insistiu no pedido ao Governo para que esclareça a sua opção, manifestando disponibilidade do seu partido para ser parceiro nesta matéria: "Como é que pretende fazer? Pretende fazer numa lógica de tutti-frutti, com o PS, ou pretende de uma vez por todas largar as amarras à esquerda e sentar-se connosco?".
Bruno Nunes alegou que "sem o Chega não há hipótese de rever toda a lei de bases que é necessário rever" e perguntou ao ministro se "aceita ou não", numa frase que não foi totalmente audível por ter terminado o seu tempo de intervenção.
"Com quem é que vamos fazer a reforma do Estado? Eu atrevia-me a dizer: com todos", foi a resposta do ministro.
"Mas há alguém nesta câmara que se oponha a esta reforma do Estado? Há alguém nesta câmara que se oponha a facilitar a vida dos cidadãos? Porque, se houver, que o diga agora. Gostava de ouvir quem é que se opõe a esta reforma na forma como nós a apresentámos", acrescentou Gonçalo Matias.