Elevador da Glória: manutenção mensal feita dois dias antes do acidente conclui que cabo de equilíbrio funcionava sem anomalias
Além da lubrificação com óleo do cabo que ligava as duas cabines do elevador, foi também verificado o funcionamento do mesmo, sendo que não foi detetada qualquer anomalia. No relatório, está escrito que, em caso de "ruído, empenos visíveis, parafusos ou porcas desapertados", é preciso para a atividade e corrigir
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O relatório da última manutenção mensal feita ao elevador da Glória, realizada a 1 de setembro, apenas dois dias antes do acidente que matou 16 pessoas, revela que o cabo de equilíbrio foi lubrificado nesse dia, não havendo registo de qualquer problema no seu funcionamento.
O documento, relevado esta terça-feira pela Carris, dá conta dos procedimentos realizados nesse dia pela Mntc - Serviços Técnicos de Engenharia, a empresa contratada pela Carris para garantir a manutenção do ascensor.
Além da lubrificação com óleo do cabo que ligava as duas cabines do elevador, foi também verificado o funcionamento do mesmo, sendo que não foi detetada qualquer anomalia. No relatório, está escrito que, em caso de "ruído, empenos visíveis, parafusos ou porcas desapertados", é preciso para a atividade e corrigir.
Foi igualmente realizado um teste elétrico de funcionamento da roda volante a bomba submersível, sendo que, se fossem detetados problemas, a Carris teria de ser informada.
A manutenção mensal, que durou pouco mais de duas horas, conclui, então, que o elevador da Glória tinha todas as condições para funcionar.
No sábado, a primeira informação divulgada pelo gabinete de prevenção e investigação de acidentes com aeronaves e acidentes ferroviários revelou que foi precisamente esse cabo de equilíbrio entre as duas cabines que cedeu no ponto de fixação com a cabine que descarrilou, indo embater na parede de um dos edifícios da calçada da Glória.