"Catástrofes não afetam só as vidas humanas." Veterinários querem integrar Proteção Civil
À TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários diz que o objetivo é apoiar os animais com cuidados médicos, alimentação e alojamento
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Os veterinários querem integrar o dispositivo de Proteção Civil para proteger os animais vítimas de catástrofes naturais, como os incêndios, para prestar apoio com cuidados médicos, alimentação e alojamento.
“Sabemos que as catástrofes, e nós podemos ver com estes incêndios, não afetam só as vidas humanas, mas afetam também a vida dos animais”, alerta Pedro Fabrica, bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV).
Em declarações à TSF, o bastonário aplaude o auxílio popular e de associações prestado aos animais nestas ocorrências, mas afirma que “acaba sempre por não haver uma organização e um plano de contingência para os animais de diferentes espécies.” O médico veterinário lembra que os animais ruminantes, como o gado, e os silvestres, como os veados e as raposas, também sofrem com as catástrofes naturais.
“Estar preparado é a melhor minimizar os impactos negativos inevitáveis destas catástrofes naturais”, considera Pedro Fabrica. É a pensar na preparação que a OMV quer a presença de médicos veterinários no terreno, e “também a elaboração de um plano de contingência” que inclua a evacuação e o tratamento dos animais.
O pedido vai ser enviado aos Ministérios da Administração Interna e da Agricultura.
Este pedido já foi feito em 2018, após os incêndios de 2017, mas que não teve seguimento. “Houve essa sensibilização [na altura], e depois a partir daí não tenho conhecimento do que foi acompanhado”.
Independentemente do passado, a OMV pretende avançar este pedido, mas que depende da Proteção Civil. “Da nossa parte há a vontade e a abertura de colaboração ativa. Depende da tutela que veja, finalmente, o sentido de ter médicos veterinários na Proteção Civil”, afirma Pedro Fabrica.
