Descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, provocou 15 mortos. Todas as vítimas já foram retiradas
Há 18 feridos, cinco dos quais cinco graves
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O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, e provocou 15 mortos e 18 feridos.
Num balanço das operações no local realizado às 20h30, Tiago Augusto, responsável da Unidade de Planeamento de Eventos, Protocolo de Estado e Gestão de Crises (UPPEC) do INEM, confirmou a existência de 15 mortos no acidente. Outras 18 pessoas ficaram feridas, cinco das quais em estado grave, tendo sido transportadas para vários hospitais da cidade de Lisboa.
Pelas 20h10, Carlos Moedas fez um balanço das operações, confirmando a existência de mortos no acidente, mas não revelando um número exato: "Lisboa está de luto, isto é uma tragédia."
O presidente da Câmara de Lisboa confirma ainda que "há muitas vítimas em estado grave" e recusou falar sobre segurança dos elevadores.
A diretora da Proteção Civil, Margarida Castro Martins, adiantou que as causas do acidente poderão estar relacionadas com “cabos e com a forma de funcionamento dos elétricos porque eles funcionam de forma compensada”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "lamenta profundamente o acidente ocorrido esta tarde com o elevador (funicular) da Glória, em Lisboa, em particular as vítimas mortais e os feridos graves, bem como os vários feridos ligeiros".
"O Presidente da República apresenta o seu pesar e solidariedade às Famílias afetadas por esta tragédia e espera que a ocorrência seja rapidamente esclarecida pelas entidades competentes", lê-se na nota publicada no site da Presidência.
O Governo e o primeiro-ministro lamentaram profundamente o acidente ocorrido esta tarde no elevador da Glória, com vítimas mortais, dizendo estar a acompanhar “desde os primeiros momentos” a situação e a resposta das diversas autoridades públicas.
Dois dos feridos do descarrilamento do elevador da Glória foram encaminhados para o hospital de Santa Maria, confirmou à Lusa fonte da Unidade Local de Saúde (ULS).
A mesma fonte não adiantou a gravidade e referiu que o Hospital poderá receber mais feridos do acidente que ocorreu ao fim da tarde.
A Carris, gestora do elevador da Glória, assegurou que já “ativou todos os meios” e está no local com as suas equipas.
Numa resposta enviada à agência Lusa, a empresa disse que “entrou de imediato em contacto com as forças de emergência e segurança”.
“A prioridade é acompanhar a situação e todos os envolvidos”, frisou.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) vai abrir uma investigação ao descarrilamento do elevador da Glória.
"O GPIAAF irá abrir uma investigação [ao acidente], mas devido à limitação de meios [humanos] na área ferroviária, apenas amanhã de manhã [quinta-feira] iniciará a recolha de evidências no local", adiantou à agência Lusa fonte deste organismo público.
Fonte do setor ferroviário disse à Lusa que, desde agosto de 2023, que o GPIAAF apenas dispõe de um investigador para este setor.
Segundo a mesma fonte, desde março deste ano, que este organismo aguarda que o processo de admissão de um segundo investigador tenha autorização por parte do ministério das Finanças.
O acidente ocorreu na Calçada da Glória, em Lisboa.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.