À direita, só Chega sobe: AD e IL descem mais do que PS, Montenegro volta a cair. Esquerda recupera (sondagem diária)
No quinto dia da sondagem da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal, a AD trava a tendência de crescimento e regista a pior avaliação da semana para Montenegro. Liberais também deslizam. Livre, CDU e BE recuperam. Rui Rocha e Rui Tavares são os líderes com melhor avaliação
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Com a campanha na estrada e o fim dos debates, a AD regista uma inflexão na tendência de subida para os 34,8% e Luís Montenegro, que no início da semana estava em terreno neutro e na segunda-feira tinha deslizado para saldo negativo, vê esta terça-feira reforçar a nota negativa, perdendo cinco pontos em três dias. No entanto, é ainda à AD que os inquiridos atribuem melhor dinâmica de vitória, com 71% a referirem que deverá ser a coligação a vencer a 18 de maio.
O PS não aproveita o deslize da AD já que também desce meio ponto para os 26,6%. Já o Chega reforça para os 16,8% e Iniciativa Liberal trava o crescimento dos últimos dias e recolhe 6,8% de intenções de voto. Vale, no entanto, registar que Rui Rocha continua a reforçar a posição de melhor avaliado nesta sondagem.
À esquerda existe uma ligeira recuperação, desde logo com o Livre que volta a subir para os 3,8% e Rui Tavares é o segundo líder com melhor avaliação. A CDU também sobe para 3,5%, numa altura em que é sublinhada a prestação televisiva do secretário-geral Paulo Raimundo. O Bloco de Esquerda regista a melhor nota da semana, com 2,3%, e o PAN mantém-se nos 0,6%.
A AD perde nas classes mais baixas, a norte e em Lisboa, reforça junto da classe média, no centro, sul e ilhas. Por sua vez, o PS recupera algum apoio junto dos mais velhos, tem mais intenções de voto em Lisboa e menos no Centro do país.
O voto jovem é o grande obstáculo para o PS que regista metade das intenções de voto que têm AD e Chega.
Ficha técnica:
Durante quatro dias (de 2 a 5 de maio de 2025) foram recolhidas diariamente pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF e JN um mínimo de 202 a 203 entrevistas (dependendo dos acertos das quotas amostrais) de forma a garantir uma sub-amostra diária representativa do universo eleitoral português (não probabilístico). Foram tidos como critérios amostrais o género, três cortes etários e 20 cortes geográficos (distritos + Madeira e Açores). O resultado do apuramento dos quatro últimos dias de trabalho de campo, resultou numa amostra de 810 entrevistas que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±3,51.
A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de telemóvel, mantendo a proporção dos três
principais operadores móveis. Sempre que necessário foram selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI - Computer Assisted Telephone Interviewing). O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha, bem como a intenção de voto dos vários partidos. Foram realizadas 1533 tentativas de contacto, para alcançarmos 810 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 52,84%.
A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.