Ministra justifica silêncio com conselhos das autoridades para não haver "intervenções desadequadas"
A área ardida em Portugal continental este ano totaliza já, segundo o sistema Copernicus, 139.819 hectares consumidos por 168 incêndios significativos
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A Proteção Civil avisa que o dia desta quinta-feira ainda será "complexo" com muitos fogos ativos com "grande intensidade e energia". No terreno, a situação ainda
não está controlada. Segundo a página da Proteção Civil, o incêndio que reúne maior número de operacionais é o de Sever do Vouga. No local estão mais de 500 bombeiros, apoiados por 167 veículos.
Em Castro Daire, o fogo encontra-se ativo há mais de 72 horas, com mais de 400 operacionais no local. Em Arouca, dois quilómetros dos Passadiços do Paiva foram destruídos pelo incêndio, que também ainda escapa ao controlo dos bombeiros.
Com várias frentes ativas numa zona de difícil acesso, 200 bombeiros controlam o perímetro do fogo, enquanto esperam pelo apoio fundamental dos meios aéreos.
As aeronaves só começam a operar a partir das 09h00. Quase 4000 operacionais combatem as chamas, sobretudo, no centro e norte do país.
Um dos incêndios que lavram em Castro Daire, no distrito de Viseu, encontrava-se ao início da noite desta quinta-feira com "cerca de 10 frentes ativas com pouca intensidade", disse o comandante nacional de emergência e proteção civil.
"A noite ainda vai ser de muito trabalho, em particular na região de Viseu Dão Lafões e também na Área Metropolitano do Porto, no incêndio de Arouca, Alvarenga [distrito de Aveiro]. São incêndios que ainda estão ativos", afirmou o comandante nacional André Fernandes.
Numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), para fazer o ponto de situação às 20h00 do combate aos incêndios que lavram desde domingo nas regiões do Norte e Centro de Portugal continental, o comandante nacional destacou um dos incêndios em Castro Daire, indicando que "tem cerca de 10 frentes ativas com pouca intensidade", esperando que a situação meteorológica "mais favorável" possa ajudar no combate.
André Fernandes disse que a noite desta quinta-feira e a madrugada de sexta-feira serão "uma janela de oportunidade para estabilizar ao máximo" os incêndios ativos, para que na sexta-feira "o maior número de frentes esteja já dominado" e se possa "dar estes incêndios também como perfeitamente estabilizados, ou seja, dominados".
Os incêndios que lavram em Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Águeda e Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, estão "completamente dominados", disse hoje o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.
"O complexo de incêndios entre a Área Metropolitana do Porto e Aveiro - Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Águeda, Albergaria - está completamente dominado", afirmou André Fernandes, numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa).
De acordo com o comandante, "houve várias reativações" destes fogos, "mas foram sendo dominadas ao longo do dia".
"O complexo de incêndios está dominado e estabilizado", reforçou.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, justificou esta quinta-feira o seu silêncio nos últimos dias com o conselho das autoridades para "que não haja intervenções desadequadas e desnecessárias" no teatro de operações.
"Aconselham que não haja intervenções e presenças desadequadas nos teatros de operações, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação ou recomendações necessárias. Foi o que fizemos", afirmou a ministra, numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa).
Margarida Blasco referiu haver "tempo para prevenir", "para agir", "para acompanhar funerais".
"E, finalmente, há o momento, como este, para falarmos ao país", disse, justificando assim o seu silêncio desde domingo, dia em que começaram os incêndios que têm assolado Portugal Continental, principalmente as regiões Norte e Centro.
O incêndio em Monte Córdova, resultado de um dos reacendimentos esta quinta-feira verificados em Santo Tirso, foi dado como dominado pelas 17:30, revelou à Lusa o comandante dos Bombeiros Tirsenses.
Com início na segunda-feira em Paços de Ferreira e passagem, depois, para Santo Tirso, o incêndio esteve dominado na quarta-feira mas teve dois reacendimentos na madrugada de hoje, em Refojos e Monte Córdova.
De madrugada, cerca das 04h00, este incêndio que teve início na segunda-feira em Paços de Ferreira (Porto), reacendeu em dois pontos nas zonas de Refojos e Monte Córdova, em Santo Tirso, também no distrito do Porto.
No primeiro caso, a situação resolveu-se mais cedo, mantendo-se os meios no local para combater o avanço das chamas, em mato, em Monte Córdova, acabando o incêndio, fruto de trabalho apeado, como referiu o comandante Vítor Pinto, por ser dominado pelas 17h30.
"Nunca houve habitações em perigo, o fogo andou perto, mas a situação nunca se descontrolou", disse.
Pelas 18h25, o dispositivo mantinha-se no local "atento a eventuais reacendimentos, em permanente vigilância", continuou o comandante.
Vítor Pinto assinalou, contudo, uma preocupação relacionada com "o período imediatamente antes da chegada prevista da chuva [no final do dia de hoje]", explicando que "o vento que normalmente acompanha pode gerar alguma agitação no fogo".
A Proteção Civil indicou esta quinta-feira que as próximas 12 horas "ainda vão ser complexas" em relação aos incêndios, mas alertou para a chuva forte que pode provocar deslizamento de terras nas zonas afetadas pelos fogos dos últimos dias.
"A situação do ponto de vista meteorológico durante o dia de hoje tende a ter uma melhoria em relação aos incêndios rurais, contudo as próximas 12 horas ainda são complexas. Com esta alteração da meteorologia é expectável que possa haver algum vento intenso. Quem está no terreno, os operacionais e a população, têm de ter atenção às rotações dos ventos e às alterações das frentes do fogo que ainda estão ativas", disse aos jornalistas o comandante nacional de emergência e proteção civil.
Na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em Carnaxide, Oeiras, para fazer um ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo, André Fernandes avançou que a "situação meteorológica vai alterar-se ao longo dia de hoje, a partir das 20h00", estando previstos aguaceiros que vão começar na região sul do país e estender-se gradualmente para as zonas centro e norte.
A Proteção Civil indicou esta quinta-feira que estão em curso 18 incêndios, que mobilizam 1642 operacionais, 509 meios terrestres e 20 meios aéreos, mas os que mais preocupam são os fogos em Castro Daire, Arouca e Penalva do Castelo.
No ponto de situação sobre os incêndios realizado na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (concelho de Oeiras), o comandante nacional André Fernandes destacou nove ocorrências significativas que exigem mais acompanhamento, nomeadamente três na sub-região de Viseu/Dão-Lafões, duas na área metropolitana do Porto, duas na região de Tâmega e Sousa, uma no Alto Tâmega e uma no Douro.
"Mantemos o reforço de meios, com todo o dispositivo empenhado e no terreno, nas ocorrências que estão ativas, em particular aquelas que preocupam mais na sub-região de Viseu/Dão-Lafões, Penalva do Castelo, duas em Castro Daire e, na área do Porto, a ocorrência de Alvarenga. São as que estão com grande intensidade", disse, notando que foram realizadas nas 18 ocorrências 38 missões aéreas: seis de ataque inicial e 32 de ataque ampliado.
O complexo de incêndios que afetou desde domingo as zonas de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda está dominado e em fase de resolução, revelou esta quinta-feira a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
"O complexo de incêndios de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda está neste momento dominado. Estes quatro incêndios estão em resolução, mas ainda se mantém um dispositivo robusto no terreno, em virtude de ser expectável que haja algumas reativações que podem ser com alguma intensidade. Estão dominados, mas carecem ainda de preocupação e acompanhamento no terreno", disse o comandante nacional André Fernandes.
Em declarações à comunicação social no ponto de situação sobre os incêndios, realizado na sede da ANEPC, em Carnaxide (concelho de Oeiras), André Fernandes atualizou ainda o total de vítimas desde domingo para 166, incluindo cinco mortos, 71 pessoas assistidas (sem necessidade de tratamento hospitalar), 78 feridos ligeiros e 12 feridos graves.
O Governo decretou luto nacional para o dia de amanhã, confirmou a TSF junto de fonte do Governo, numa altura em que já se registaram sete vítimas mortais dos incêndios. A deliberação foi aprovada na reunião de conselho de ministros que decorreu na manhã de hoje.
O incêndio que começou em Folhadal, no concelho de Nelas, distrito de Viseu, na segunda-feira, está em resolução desde as 10h23, disse à agência Lusa fonte do Comando Sub-regional de Viseu Dão Lafões.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Nelas, Guilherme Almeida, acrescentou à Lusa que a situação "está mais calma, registando-se apenas uma ou outra reativação, mas sem qualquer preocupação".
"Ontem [quarta-feira], ainda conseguimos ir ajudar os colegas em Mangualde", revelou Guilherme Almeida.
As condições meteorológicas, com a diminuição do vento e da temperatura, vão ajudar à consolidação do rescaldo, confirmou ainda o comandante.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 11h24, estavam no terreno 121 operacionais, apoiados por 32 viaturas.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 48 anos suspeito de atear pelo menos quatro fogos florestais na Foz do Sousa, em Gondomar, no distrito do Porto, entre maio e agosto, foi esta quinta-feira anunciado.
Em comunicado, a PJ refere que "identificou e deteve um homem de 48 anos, indiciado pela autoria de, pelo menos, quatro incêndios florestais ocorridos entre maio e agosto do corrente ano, no concelho de Gondomar".
"Os incêndios ocorreram nas datas de 11 de maio, 16 e 22 de julho e 04 de agosto, na localidade de Foz do Sousa" e "terão sido provocados com recurso a chama direta, não tendo a investigação apurado, até ao momento, qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos", afirma a PJ.
Aquela força policial recorda que "o detido tem antecedentes criminais por incêndio em ambiente urbano".
O suspeito será presente à autoridade judiciária para interrogatório a aplicação de medidas de coação.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve o presumível autor de um crime de incêndio florestal ocorrido no domingo em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, informou hoje aquele órgão de polícia criminal.
Em comunicado, a PJ esclareceu que o homem, de 67 anos, "é ainda suspeito de ter sido o autor de três incêndios ocorridos nas localidades de Branca e São Marcos, em Albergaria-a-Velha, e em Serém, Águeda, no passado dia 21 de julho".
"O 'modus operandi' consistiu no recurso a chama direta para dar início ao incêndio em zonas de extensa mancha florestal, próximas de várias habitações e instalações industriais e agrícolas", refere a mesma nota.
Ainda segundo a Judiciária, não existiu da parte do suspeito qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos, tudo indicando que terá atuado num quadro de compulsividade.
O incêndio no concelho de Mangualde, que teve origem em Penalva do Castelo na segunda-feira, está "completamente dominado", disse à agência Lusa o presidente da Câmara daquele concelho do distrito de Viseu.
"Neste momento, o incêndio está completamente dominado. Agora, vamos estar atentos aos reacendimentos. A humidade aumentou e a temperatura desceu muito, o que deu uma grande ajuda aos operacionais", afirmou à Lusa Marco Almeida.
O presidente da Câmara de Mangualde adiantou que durante a noite e madrugada de hoje os operacionais "conseguiram criar um perímetro à volta do incêndio e controlá-lo".
Segundo o autarca, "estiveram casas, pontualmente, em risco, mas devido à sua localização [no meio da floresta]. No entanto, foi possível proteger todas e salvaguardar todos os bens".
Marco Almeida revelou ainda que os serviços municipais vão começar hoje a fazer o levantamento dos prejuízos, com o apoio dos presidentes de junta, que "estiveram muito empenhados em dar resposta nos incêndios, uma vez que, das 12 freguesias, nove têm unidades locais de proteção civil".
O incêndio florestal de Arouca continua hoje de manhã com três frentes ativas, sendo a que ameaça a vila de Vilarinho a que está a causar mais preocupação, segundo a presidente daquela autarquia do distrito de Aveiro.
"Mantemos as três frentes ativas, mas de alguma forma mais controladas, com os bombeiros a tentar conter as progressões", disse à Lusa a presidente da autarquia, Margarida Belém, que afirmava estar hoje mais "serena e otimista".
Segundo a autarca, a situação mais preocupante verifica-se na frente de Canelas/Espiunca, na zona de Vilarinho, onde os bombeiros estão a "evitar projeções e a progressão para a subida para a Senhora da Mó, que seria muito preocupante para a zona da vila".
Além desta, existe a frente em Alvarenga, onde "os bombeiros estão a procurar conter para não passar para Paradela, em Nespereira, que já é no concelho vizinho de Cinfães", no distrito de Viseu, e a frente de Covelo/Janarde, na zona de Telhe, que "estão a procurar conter o perímetro para que não haja progressão", adiantou Margarida Belém.
A autarca referiu ainda que as condições atmosféricas durante a noite, nomeadamente a baixa temperatura, o aumento da humidade e o orvalho, foram benéficas para o combate às chamas, mas assinalou que "há uma grande imprevisibilidade em termos de ventos".
"Estão previstos alguns ventos agora para a parte da tarde. Estamos muito atentos e cautelosos, porque as coisas ainda nos preocupam bastante", afirmou.
Mostrando-se grata aos "poucos operacionais" que estiveram no terreno nas primeiras horas do incêndio, Margarida Belém referiu que, nesta fase, tem havido um reforço de meios, o que permite uma renovação das equipas que "estão cansadas".
A autarca disse ainda que está a ser feito um levantamento dos danos causados pelo incêndio, mas não tem conhecimento de casas ou empresas atingidas pelo fogo, adiantando que continuam as escolas encerradas no dia de hoje como medida preventiva.
O incêndio que começou na segunda-feira em Paços de Ferreira, passou para Santo Tirso e esteve dominado na quarta-feira teve dois reacendimentos na madrugada desta quinta-feira, continuando ativo em "vários pontos", disse fonte dos bombeiros.
"O incêndio está a ceder aos meios. Não há nada em perigo [...] Estão já a chegar mais meios", disse à Lusa o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Luís Coelho.
Às 09h30, a fonte precisou que no local estão 87 homens auxiliados por 27 veículos, e o objetivo é evitar que o fogo chegue a uma estação de radar de aviação da Força Aérea.
De madrugada, cerca das 04h00, este incêndio que teve início na segunda-feira em Paços de Ferreira (Porto), reacendeu em dois pontos nas zonas de Refojos e Monte Córdova, em Santo Tirso, também no distrito do Porto.
Duas estradas nacionais (EN) estão cortadas ao trânsito entre Canelas e Alvarenga, Aveiro, e entre Castro Daire e Portas de Montemuro (Cinfães), Viseu, devido aos incêndios ainda em curso, revelou a GNR.
Esta manhã, há condicionamentos na EN 326-1, em Aveiro, com um "corte total entre Canelas e Alvarenga", indicou fonte oficial da GNR pelas 10h00.
Em Viseu, o corte total é entre Castro Daire e Portas de Montemuro, Cinfães, na EN 321.
A Liga dos Bombeiros pede aos cidadãos e empresas que suspendam os donativos que estão a ser enviados para os quartéis. Devido aos incêndios, são muitos os bens que têm chegado e as corporações de bombeiros já não têm capacidade de armazenamento. Em declarações à TSF, António Nunes agradece, mas pede uma suspensão da ajuda, uma vez que tem de começar a haver uma "gestão de espaços".
"Os bens, alguns deles são perecíveis, não podem estar no exterior, têm de estar resguardados, portanto, começamos a ter um problema de armazenamento", explica à TSF António Nunes, sublinhando que, agora, é preciso "escoar todas as dádivas" feitas até ao momento.
"Se houver necessidade, nós voltaremos a pedir essa ajuda da comunidade. Neste momento não nos parece que seja necessária, o que não quer dizer que pontualmente não possa ser, mas nós temos de reorganizar a nossa logística para compensar tudo aquilo que nos foi entregue, por forma a não haver nenhum desperdício", afirma.
O incêndio em Castro Daire está "fora de controlo". Em declarações à TSF, Augusto Marcelino, presidente da junta de freguesia, avança que os moradores estão muito assustados e que alguns já foram retirados.
"Neste momento temos várias frentes ativas no concelho de Castro Daire. Está bastante complicado, estamos a ser invadidos por uma nuvem de fumo irrespirável, os meios aéreos não podem atuar porque o fumo é imenso, eles não devem ter visibilidade, mas pelos meios terrestres a situação poderá ser resolvida hoje [esta quinta-feira]", explica à TSF Augusto Marcelino, sublinhando que os moradores estão "muito assustados", sendo que alguns já foram retirados de casa.
Um homem de 39 anos que terá ateado uma fogueira numa zona de mato em São Cosme, no concelho de Gondomar, foi detido na quarta-feira por suspeita de crime de fogo posto, informou esta quinta-feira a PSP do Porto.
Em comunicado, o Comando Metropolitano da PSP indicou que o homem, sem-abrigo, encontrava-se na posse de um isqueiro com o qual terá provocado a ignição.
"No dia de ontem [quarta-feira], pelas 16:30, populares verificaram um homem (...) numa zona de mato a efetuar uma fogueira. Os polícias deslocaram-se ao local e confirmaram a situação, constatando a fogueira a arder em zona arbórea, pelo que, munindo-se de garrafões de água, tentaram a sua extinção, o que veio a acontecer", descreve a PSP.
A situação ocorreu perto da Rua Doutor Francisco Sá Carneiro, em São Cosme, concelho de Gondomar.
Ao ser intercetado, o homem "prontamente admitiu que havia sido ele o autor da fogueira", diz a PSP.
O detido será hoje presente às autoridades judiciárias.
A agência espacial norte-americana, NASA, mostra o rasto dos incêndios no nosso país com uma extensa área ardida no centro e norte do país.
Nove incêndios rurais mantinham-se às 06h40 ativos, sendo os fogos em Castro Daire, no distrito de Viseu, o que mais meios mobilizava, com 550 operacionais, com o apoio de 178 veículos, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
O comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que as operações de combate na generalidade das ocorrências que estavam em curso evoluíram durante a noite favoravelmente, sem registo de vítimas ou casas ardidas.
De acordo com Pedro Araújo, às 06:40 estavam nove incêndios ativos nas sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso, na Área Metropolitana do Porto, na região de Aveiro, na Sub-região do Tâmega e Sousa e em Viseu Dão Lafões.
"Temos incêndios ainda com alguma severidade nos concelhos de Castro Daire e Arouca. São fogos ainda com forte atividade que justificam um número significativo de meios, sendo que no concelho de Castro Daire, na sub-região de Viseu Dão Lafões, temos 550 operacionais, apoiados por 178 veículos, e no concelho de Arouca temos 234 operacionais, com 71 veículos", adiantou.
No distrito de Aveiro, segundo a fonte, o incêndio que teve início em Pessegueiro do Vouga, no concelho de Sever do Vouga, mobilizava àquela hora 497 operacionais, com o apoio de 143 meios terrestres.
Entretanto, às 07h20 de hoje, segundo informação disponível na página da ANEPC na internet, os dois incêndios iniciados no domingo no concelho de Sever do Vouga estavam em fase de resolução, com o de Pessegueiro do Vouga a manter ainda no terreno 555 operacionais e 167 viaturas.
"Tivemos alguma pressão sobre o edificado, sobre habitações no concelho de Castro Daire e de Arouca. O incêndio esteve próximo de habitações, o que levou os combatentes a fazerem a proteção a essas habitações, mas não temos conhecimento de que durante a noite tenham ardido habitações ou que destes incêndios tenham ocorrido vítimas entre os populares", disse.
De acordo com o comandante da ANEPC, as condições meteorológicas tendem a ser hoje menos severas devido à diminuição da intensidade do vento e ao aumento da humidade relativa do ar, que favorece o combate às chamas.
"Queremos acreditar que parte significativa destes incêndios fique durante o dia de hoje dominada", sublinhou.
Segundo informação disponível na página da ANEPC, às 07:30 continuava ativo o incêndio em Penalva do Castelo (distrito de Viseu) que deflagrou perto das 00:00 de segunda-feira, mobilizando 317 operacionais, apoiados por 81 veículos.
Os dois fogos rurais que deflagraram no domingo em Sever do Vouga e em Pessegueiro do Vouga, no mesmo concelho, distrito de Aveiro, estão esta quinta-feira de manhã em resolução, de acordo com a Proteção Civil.
Segundo os dados disponibilizados às 07h30 no portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) na Internet, o fogo que teve início da madrugada de domingo em Pessegueiro do Vouga, em povoamento florestal, mobilizava ainda 555 operacionais, apoiados por 167 viaturas.
O outro incêndio do concelho que deflagrou nesse dia, mas à tarde, também em povoamento florestal, estava a mobilizar 371 operacionais e 108 meios terrestre.
O incêndio que atingiu o concelho de Tábua desde terça-feira foi considerado dominado por volta das 11h10 desta quarta-feira, garantiu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Tábua, Rui Leitão. "Confirmo que as chamas foram dominadas pelas 11h10", referiu, à agência Lusa.
Por volta das 10h00, o incêndio já se encontrava apenas com uma frente ativa, embora a progredir em local de difícil acesso, nas encostas do Mondego. Além de um meio aéreo, no terreno encontram-se, por volta das 12h00, 231 bombeiros, apoiados por 70 veículos.
Quatro estradas nacionais que estavam parcialmente cortadas ao trânsito nos distritos do Porto, Vila Real e Viseu, devido aos incêndios que assolam a região Centro e Norte, já foram reabertas, indicou a GNR.
Num balanço feito cerca das 20:40, a GNR indica que, no distrito do Porto, a estrada nacional 108 (EN108), que estava cortada entre a rotunda da A41 E Melres, no concelho de Gondomar, foi reaberta.
Também no distrito de Vila Real, foi reaberta a estrada nacional 2 (EN2), na zona de Vila Pouca de Aguiar, e a estrada nacional 108 (EN108), na zona do Planalto de Monforte.
No distrito de Viseu, a estrada nacional 231 (EN231), que estava cortada entre Vila Viçosa e Mourelos, em Cinfães, foi reaberta, permanecendo, no entanto, totalmente cortadas ao trânsito as estradas nacionais 228 (EN228), entre Figueira Alva - Fermentel, e entre Pindelo e Ponte Pedrinha, e 225 (EN225), entre Cabril e Pinheiros.
Em Aveiro, permanecem também totalmente cortadas as estradas nacionais 333 (EN333), entre Talhadas e Águeda, e 326-1 (EN326-1), entre Canelas e Alvarenga.
O incêndio que começou domingo em Oliveira de Azeméis entrou hoje ao fim da tarde em fase de rescaldo, revelou fonte oficial desse município do distrito de Aveiro.
O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto confirmou: "O incêndio está neste momento dominado".
Às 20h00 continuavam em Oliveira de Azeméis, contudo, 472 operacionais, apoiados por 157 veículos.
O incêndio em causa começou domingo à tarde na freguesia de Palmaz, onde obrigou à evacuação de um hotel rural, e avançou depois para outras freguesias do concelho, ameaçando núcleos habitacionais como os de Macinhata da Seixa, Vilarinho de São Luís e, nos últimos dois dias, sobretudo os de Ossela.
Devido à aproximação a essa freguesia, na segunda-feira o Canil Intermunicipal das Terras de Santa Maria retirou das suas instalações 170 cães, numa medida preventiva que resultou em que alguns deles fossem adotados, de acordo com processos já em curso, e a maioria fosse acolhida temporariamente por particulares ou associações de apoio à causa animal.
O grande incêndio que lavrava desde terça-feira no sul do concelho de Paredes, no distrito do Porto, está controlado, com os meios no terreno de prevenção para eventuais reacendimentos, disse fonte da proteção civil municipal.
"Agora, felizmente está tudo mais calmo", afirmou à Lusa pelas 20:15.
O incêndio, atualmente sem risco de propagação, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, consumiu vastas áreas das localidades de Sobreira e Aguiar de Sousa, mobilizando um grande dispositivo de combate, que chegou a ter mais de 130 bombeiros, apoiados por 43 viaturas e meios aéreos.
Durante várias horas, nomeadamente na última noite, os bombeiros montaram um dispositivo de proteção às povoações próximas das frentes de incêndio alimentadas por ve4ntos fortes, obrigando a deslocar alguns populares para zonas mais seguras.
Às 20h15, ainda se mantinham no teatro de operações 109 operacionais e 39 viaturas.
A autarquia de Paredes já iniciou o processo de levantamento dos danos materiais e da área ardida, envolvendo as juntas de freguesia.
O incêndio que lavra desde segunda-feira em Gondomar, no distrito do Porto, está "em fase de conclusão", avançou hoje o presidente da câmara, Marco Martins, adiantando que os trabalhados de rescaldo vão demorar, pelo menos, 24 horas.
"Está a entrar em fase de conclusão", avançou, em declarações à Lusa, Marco Martins.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 160 operacionais, apoiados por 34 viaturas procedem agora aos trabalhos de rescaldo que, segundo o autarca, podem demorar, pelo menos, 24 horas.
Pelas 17h50, Marco Martins afirmou à Lusa que o incêndio se encontrava dominado e que entraria em fase de rescaldo se não existissem "surpresas entretanto", confirmando a informação avançada ao início da tarde pela Proteção Civil.
"Vamos ver. Não se podem criar demasiadas expectativas. Vamos estar vigilantes e aguardar", concluiu então.
As próximas 24 horas "vão continuar a ser muito complexas" no combate aos incêndios que lavram há vários dias nas regiões Norte e Centro de Portugal Continental, alertou hoje o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), para fazer o ponto de situação às 20h00 do combate aos incêndios que lavram no país, André Fernandes destacou que "em particular a madrugada e o dia de amanhã [quinta-feira] vão continuar a ser muito complexas",
De acordo com o responsável, os incêndios "têm ainda muita intensidade e energia".
Setenta e quatro pessoas estão atualmente presas ou detidas em prisões do país à ordem de processos por crimes de incêndios florestais, informou esta quarta-feira a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Em resposta à agência Lusa, a DGRSP especificou que, entre este total, existem no sistema prisional 58 reclusos condenados e 16 outros preventivos a aguardar julgamento.
A Polícia Judiciária (PJ) disse na segunda-feira que já deteve pelo menos 29 pessoas por suspeitas de incêndio florestal em 2024, num registo próximo daquele que foi alcançado no mesmo período do ano passado.
De acordo com as informações facultadas à Lusa, os dados consolidados da PJ indicam 20 detidos até ao final de agosto, tendo entretanto o órgão de polícia criminal divulgado em setembro pelo menos outros nove comunicados de detenções de suspeitos pelo crime de incêndio florestal, em localidades tão diversas como Alvaiázere, Condeixa-a-Nova, Montalegre, Braga, Mondim de Basto, Loures, Tabuaço, Murça ou Vila Nova de Gaia.
O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, confirmou hoje que o incêndio que lavra naquele concelho desde segunda-feira "está dominado" e em resolução, esperando-se que o rescaldo seja feito "nas próximas horas".
"Neste momento o incêndio está dominado, tecnicamente em resolução. Entrará, nas próximas horas, na fase de rescaldo se não houver surpresas entretanto", disse à Lusa pelas 17:50 o também presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto.
O incêndio em Gondomar deflagrou na segunda-feira e atingiu as zonas de Medas, Jovim, Jancido (Foz do Sousa) e Melres, bem como em Gens.
"O incêndio foi cedendo sobretudo devido à inexistência de vento durante o dia e, entretanto, devido ao reforço de meios aéreos", acrescentou.
Marco Martins disse ainda esperar que o rescaldo "durante o dia de amanhã [quinta-feira] possa ficar concluído", caso não haja más surpresas durante a noite.
"Vamos ver. Não se podem criar demasiadas expectativas. Vamos estar vigilantes e aguardar", concluiu.
O secretário-geral do PS disponibilizou-se esta quarta-feira para "apoiar o Governo naquilo que for necessário" no combate aos incêndios, designadamente alterações legislativas, e considerou que este ainda não é o tempo para se tirarem ilações políticas.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Pedro Nuno Santos defendeu que "este é o momento de união, de unidade" e não de se fazer "críticas ao Governo", salientando que devem estar todos mobilizados "no combate aos fogos, no apoio às populações".
"Aproveito para disponibilizar o PS para apoiar o Governo naquilo que for necessário e disponibilizar também o PS para as alterações legislativas e políticas que vierem a concluir-se ser necessárias", afirmou.
O líder do PS referiu que "muita coisa foi feito no passado, por diferentes governos, que correram bem, muitas outras coisas correram mal", acrescentando que é preciso "fazer a cada momento a avaliação crítica" e "ter a capacidade de repensar".
"É muito importante um consenso alargado e o PS está disponível para esse consenso com o Governo", disse.
Cinco aldeias de duas freguesias de São Pedro do Sul estão isoladas devido ao incêndio que está, cerca das 15h30 desta quarta-feira, com cinco frentes ativas, disse à agência Lusa o presidente do município.
"Neste momento, temos quatro populações isoladas: as mais pequenas da freguesia de São Martinho das Moitas, uma das freguesias mais distante e pequena do concelho, e ainda a aldeia de Fujaco, na freguesia do Sul", disse à agência Lusa Vítor Figueiredo.
O autarca contabilizou que, ao todo, "devem ser um pouco mais de 20 pessoas, todas com mais de 40 anos, que estão a ser acompanhadas, da forma possível, pelas equipas de proteção civil municipal".
"Até ao momento não há informação de que haja algum problema e estamos com cinco veículos pesados no combate aos incêndios nesta zona onde as pessoas estão isoladas, ou seja, é onde estamos a fazer um reforço dos meios precisamente para que essas pessoas possam sair o mais rápido possível", sublinhou.
O autarca acrescentou que as escolas vão manter-se encerradas na quinta-feira, até porque "há várias estradas cortadas no concelho" e "há a necessidade de evitar deslocações".
O incêndio, que entrou ao início da noite de terça-feira no concelho de São Pedro do Sul, depois de ter começado em Castro, Daire "está com cinco frentes ativas e com grande intensidade, e já provocou ferimentos a um bombeiro, de Vouzela, que terá partido um pé e foi para o hospital".
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões norte e centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 75.645 hectares.
As zonas mais afetadas localizam-se nas regiões de Aveiro, Tâmega e Sousa e Viseu Dão Lafões, que totalizam 75.645 hectares de área ardida, 71% da área ardida em todo o território nacional.
Dezenas de bombeiros têm estado a ser socorridos na Urgência de Águeda com problemas oculares, revelou hoje a Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro, E.P.E. (ULS RA).
"O Serviço de Urgência Básica de Águeda está a dar apoio a dezenas de bombeiros atendidos com prioridade, que procuram ajuda no sentido de ultrapassar, sobretudo, inflamações e irritações oculares, estando a ser disponibilizados colírios e lágrimas artificiais", descreve.
No balanço do período entre as 08h00 e as 12h00 nos hospitais e unidades de saúde da região, a ULS RA refere ainda que na Urgência do Hospital de Aveiro foram recebidos três doentes com sintomas decorrentes da exposição ao fogo e quatro doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica agudizada.
Os incêndios em Sever do Vouga tiveram hoje, pelas 12h00, "vários reacendimentos" e estão a ser combatidos por um total 698 homens, 222 viaturas e um meio aéreo, revelaram o vice-presidente da autarquia e a Proteção Civil.
"Estávamos já numa fase de tentativa de controlo, mas desde as 12h00 houve vários reacendimentos, nomeadamente em Felgares, Silva Escura, em Ribeiro, Paradela do Vouga e em Vilarinho de Frágua", descreveu à Lusa Paulo Nogueira, vice-presidente desta autarquia do distrito de Aveiro. Não há casas em risco.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizou cinco mortos nos incêndios do norte e centro do país nos últimos dois dias, realçando hoje a existência de 118 feridos, dos quais 10 em estado grave.
"Em termos de vítimas, no acumulado de 16 a 18 de setembro temos um total registado e validado de 123 vítimas, das quais cinco mortais, 10 feridos graves, 49 feridos ligeiros e 59 vítimas assistidas no teatro de operações que não tiveram necessidade de serem transportadas a unidades hospitalares", explicou hoje o comandante nacional André Fernandes, na conferência de imprensa realizada na sede da ANEPC, em Carnaxide.
Questionado sobre a diferença no número de mortos registados, uma vez que até agora se falava num balanço de sete vítimas, o responsável da ANEPC referiu que as cinco mortes são a indicação que a Proteção Civil recebeu do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), não sendo contabilizados os dois civis que morreram de doença súbita.
O concelho de Castro Daire registava às 13h00 desta quarta-feira dois incêndios ativos, um que se expandiu a São Pedro do Sul e Arouca, e um novo na Serra de Montemuro, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros.
"Neste momento [cerca das 13h00], estamos a combater dois incêndios distintos, o de Soutelo, em Mões, e agora um novo na serra de Montemuro. São incêndios que mantêm várias frentes ativas e com muita intensidade", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Farejinhas, Castro Daire.
De acordo com a página da Proteção Civil, o incêndio de Mões conta com mais de 500 bombeiros e 11 meios aéreos, além de 160 viaturas. O fogo na Freguesia de Pinheiro, na serra de Montemuro, estava a ser combatido às 13h00 por 133 bombeiros, dois meios aéreos e 41 viaturas.
Horácio Ribeiro acrescentou ainda que "já há mais meios no terreno, felizmente, muitos mais, mas claramente insuficientes tendo em conta a intensidade das chamas". "A nossa estratégia mantém-se em salvar pessoas e primeiras habitações como prioridade e posso afirmar que não há casas de primeira habitação queimadas. Temos, sim, algumas, parcialmente danificadas", disse.
Este fim de semana não há campeonatos distritais no Porto. Por causa dos incêndios, a Associação de Futebol do Porto decidiu suspender todas as competições, não só pelos problemas de segurança e logística causados pelas chamas, mas também devido à qualidade do ar para a prática de desporto ao ar livre.
Parte do troço de madeira dos Passadiços do Paiva, em Arouca, está a arder e, embora nessa zona não haja risco habitacional, a autarquia diz que o combate ao restante incêndio está "sem meios" suficientes e é "inglório".
O fogo nesse concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana de Porto deflagrou a partir daquele que teve início em Castro Caire, no distrito de Viseu, e está a lavrar desde as 23h00 de terça-feira, sendo que ao fim da manhã envolvia o trabalho de cerca de 100 operacionais, apoiados por 25 veículos.
O subcomandante regional da Proteção Civil do Alto Tâmega disse hoje que os cerca de 300 operacionais disponíveis vão ser distribuídos pelos fogos que representem mais preocupações a nível de habitações em Chaves e Vila Pouca de Aguiar. "O dispositivo não é muito, mas o que há vai ser diluído pelas ocorrências que sejam mais preocupantes em termos das habitações", afirmou Artur Mota.
Desde segunda-feira que este território do norte do distrito de Vila Real está a ser atingido por vários incêndios, principalmente no concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas também em Chaves. Segundo o comandante, esta manhã havia seis fogos ativos e cerca de 300 operacionais disponíveis.
"Durante a noite alguns dos homens estiveram a descansar e durante a manhã serão posicionados de forma a dar prioridade à defesa das populações e estarem preparados para quando os fogos reativarem", referiu.
Artur Mota referiu que, durante a noite, a situação acalmou devido às condições meteorológicas mais favoráveis, com a descida de temperatura e mais humidade, no entanto, prevê-se um agravar da situação com a subida da temperatura e os ventos fortes.
"Isto é totalmente inglório", declarou à agência Lusa a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém. "Estamos sem meios, precisamos de muito mais gente aqui a combater o fogo e quem está a fazer a gestão destes recursos a nível nacional tem que ter noção do terreno e atuar de acordo com o ele exige, sob pena de, a esta velocidade de propagação, se repetir aqui o que aconteceu em 2016", realça.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, de 54 anos, suspeito de ter ateado na terça-feira um incêndio florestal na Murtosa, no distrito de Aveiro, num quadro de dependência alcoólica, informou hoje aquele órgão de polícia criminal.
Segundo a Judiciária, o incêndio, que ocorreu numa zona de extensa mancha florestal, existindo ainda várias habitações e instalações agrícolas nas proximidades, terá sido ateado com recurso "a chama direta" e só não assumiu grandes dimensões "graças à pronta deteção e combate ao mesmo".
"Não foi possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação, atuando o suspeito num quadro de dependência alcoólica", refere a mesma nota.
O suspeito, que foi detido fora de flagrante delito, com a colaboração da GNR, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para eventual aplicação de medidas de coação.
O presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, revelou hoje que vai propor a atribuição da medalha de mérito e altruísmo aos três bombeiros da corporação de Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha, que morreram na terça-feira. "Iremos apresentar proposta para que no feriado municipal [celebrado a 10 de abril] seja atribuída a medalha de mérito e altruísmo aos três bombeiros que faleceram", disse Ricardo Cruz à agência Lusa.
Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha morreram na terça-feira quando se deslocavam para um incêndio rural junto à aldeia de Vila do Mato, na freguesia de Midões, no concelho de Tábua, distrito de Coimbra.
A Câmara Municipal de Tábua já tinha decretado três dias de luto municipal, que se cumprem a partir de hoje e até sexta-feira, inclusive.
Empresas agrícolas e habitações foram destruídas pelas chamas em Mangualde, lamentou hoje o presidente deste município do distrito de Viseu. "A nossa preocupação é a das pessoas que estão sem os seus bens e muitas delas vivem daquilo que deixaram de ter. Há terrenos, empresas agrícolas que foram consumidas pelas chamas, há pessoas que estão sem habitações", afirmou Marco Almeida.
O presidente do Município de Mangualde disse ainda que, pelas 10h30, a "situação é mais calma, mas de um momento para o outro a situação piora", já que o incêndio no concelho "continua com várias frentes ativas".
"A nossa prioridade neste momento é salvar vidas e salvar as habitações. A seu tempo, iremos fazer o levantamento, juntamente com os presidentes de junta", acrescentou.
O incêndio florestal que deflagrou na segunda-feira, pelas 07h20, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, entrou hoje de manhã em fase de resolução, informou a Proteção Civil. Este é um dos quatro grandes incêndios que lavram no distrito de Aveiro e que mobilizou nos últimos dias o maior número de meios no combate às chamas.
Em declarações à Lusa, o comandante dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, Albano Ferreira, disse que o fogo entrou em resolução cerca das 10h30.
O responsável referiu ainda que uma parte do dispositivo que se encontrava no terreno já foi desmobilizada para combater o incêndio de Águeda, adiantando que os restantes meios irão manter-se em "prontidão e vigilância". "A área ardida é muito extensa e por isso vamos manter meios no local atentos a reativações e novos focos de incêndio que surjam", referiu o responsável.
Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 10h50, o incêndio de Albergaria-a-Velha mobilizava 408 operacionais, apoiados por 126 viaturas.
A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar disse hoje que em apenas três das 14 freguesias do concelho não houve alerta de incêndio desde segunda-feira, antevendo prejuízos enormes na floresta e agricultura.
Esta manhã, o concelho mantém três fogos ativos, distantes, que lavram em quatro frentes. O alerta para o primeiro incêndio foi dado pelas 07h30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje, com preocupações centradas nas frentes de Vilela da Cabugueira e do Guilhado.
Por isso mesmo, Ana Rita Dias disse que não é possível contabilizar, para já, a área ardida, mas antevê "prejuízos enormes" nas principais atividades económicas do concelho, a agricultura e a floresta.
O combate ao fogo em Águeda começou hoje a ser "organizado" devido ao abrandamento do vento, mas há "incêndios perto de casas" e todas as escolas foram encerradas devido à qualidade do ar, revelou o presidente da Câmara. "Não conseguimos contabilizar o número de frentes de fogo. São várias, e em várias direções. Agora o vento parou, o que permite organizar o combate às chamas, sobretudo na parte florestal", descreveu Jorge Almeida, em declarações à Lusa pelas 10h00.
Questionado sobre a existência de casas ameaçadas pelo fogo, o autarca preferiu usar a expressão de que "há incêndios próximos de habitações", indicando existirem apenas situações "pontuais" de retirada de pessoas das residências naquele concelho do distrito de Aveiro. Por outro lado, "o delegado de saúde determinou o encerramento de todas as escolas, devido à qualidade do ar", acrescentou.
Jorge Almeida alertou para "o teto de fumo" sobre Águeda é "muito grande" e a "visibilidade é pouca", pelo que a recomendação é que as pessoas "se mantenham próximas das suas casas ou dos seus haveres, para identificarem eventuais focos de incêndio o mais depressa possível".
Questionado sobre se os meios são suficientes para o combate às chamas, o presidente explicou que há outros fatores a ter em conta. "Na terça-feira à noite fiquei muito feliz com um reforço de meios, até porque precisávamos que os nossos descansassem, mas isso não impediu que o fogo se descontrolasse", observou.
O autarca de Gondomar, Marco Martins, revela aos jornalistas que "nunca nos vimos tão entregues a nós próprios". O presidente da autarquia revela que, em 48 horas, pelo menos oito bombeiros ficaram feridos e muitos foram assistidos por exaustão.
O autarca revela que, em contacto com o comando da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em Lisboa, é recusada o envio de mais ajuda. "Estamos cá a resistir."
Em Gondomar, "há uma frente ativa forte em direção a sul. Os meios estão a ser reposiconados", afirma Marco Martins, que confirma que dois aviões pequenos FireBoss estão a ajudar no combate às chamas. "O que espero é da ajuda que veio do Mecanismo Internacional."
A noite teve momentos de grande dificuldade para os operacionais no terreno, com o fogo a consumir terrenos e armazéns agrícolas. O autarca sublinha que não foi destruída qualquer casa de primeira habitação.
O Serviço de Copernicus divulgou uma imagem que mostra a densa coluna de fumo provocada pelos incêndios que afetam o centro e norte de Portugal. A nuvem cobre uma área de 100 mil metros quadrados sobre o Oceano Atlântico.
O incêndio que está a atingir o concelho de São Pedro do Sul tem várias frentes ativas e afetou casas durante a madrugada de hoje, disse o presidente da câmara, às 09h00. "Foi uma noite muito complicada, com várias frentes de fogo a entrarem por quatro a cinco localidades diferentes e longínquas, o que dificultou a distribuição dos já poucos meios existentes", disse à agência Lusa Vítor Figueiredo.
O autarca de São Pedro do Sul acrescentou ainda que, durante a noite, "foram várias as casas e palheiros que arderam, mas ainda não é possível contabilizar quantas e onde", apesar de adiantar que, em Maceiras e Pesos "há registos de habitações queimadas".
"Há crianças que não conseguiram chegar às suas residências ao final do dia de ontem [terça-feira] e que tiveram de ser deslocadas para outras residências. E há pessoas alojadas em IPSS" (Instituições Particulares de Solidariedade Social), relatou.
Vítor Figueiredo disse que já foi informado de que "chegaram militares espanhóis ao território para ajudar no combate às chamas" no concelho de São Pedro do Sul, que tem as localidades de Rio de Mel, Pindelo dos Milagres e Figueiredo de Alva em risco.
Este incêndio chegou a São Pedro do Sul através do concelho de Castro Daire. Foi um fogo que teve origem pelas 21h23 de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões. Pelas 09h30, mobilizava 469 operacionais, apoiados por 137 veículos e sete meios aéreos.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro vai estar já esta quarta-feira no terreno para começar a "identificar e avaliar os prejuízos" causados pelos incêndios dos últimos dias. A informação foi avançada, nesta manhã de quarta-feira, pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial: "Acaba o fogo, começa a quantificação dos problemas."
Entrevistado na Manhã TSF, Manuel Castro Almeida identificou duas prioridades para os próximos tempos: "O principal aqui é mesmo tratar das casas e das empresas. Precisamos que as empresas possam recomeçar a trabalhar para não termos aqui as pessoas desempregadas durante muito tempo. Vamos procurar retirar lições do passado e tentar fazer as coisas bem feitas, com rigor, com segurança jurídica, com critério financeiro."
Em Travanca, localidade do município de Oliveira de Azeméis, há fumo por todo o lado, construindo no céu uma nuvem que parece algodão. A TSF falou com Constantino Henriques, jardineiro que conta que têm sido dias "infernais". Vive há 20 anos nesta povoação e garante nunca ter vivido nada assim: "Há cinzas por todo o lado."
A Autoestrada 24 (A24) reabriu pelas 03h00 de hoje em toda a extensão na zona de Vila Pouca de Aguiar, após ter estado cortada devido aos incêndios que lavram no concelho, disse fonte da GNR.
Desde segunda-feira que a A24 sofre constrangimentos devido aos fogos que atingiram o município (no distrito de Vila Real), tendo sido cortada ao trânsito entre Vila Pouca de Aguiar e Vidago (Chaves) ao início da noite de terça-feira, por causa do incêndio que lavrava na zona de Sabroso de Aguiar.
A GNR disse que a autoestrada está hoje sem constrangimentos, tal como a Estrada Nacional 2, que também sofreu cortes por causa dos fogos na área dos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
O incêndio que lavra em Águeda, distrito de Aveiro, complicou-se durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos, e ao início da manhã de hoje a situação estava novamente descontrolada, segundo o presidente do município.
Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se "complicou extraordinariamente", com a alteração do vento e os reacendimentos: "Pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios."
"Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado", disse o autarca, explicando que o fogo "está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade".
A circulação de comboios na Linha do Vouga foi hoje retomada entre Aveiro e Águeda, continuando suspensa entre Águeda e Sernada devido aos incêndios rurais. A informação foi divulgada pela CP - Comboios de Portugal, na rede social Facebook.
A CP informa que também que na Linha do Douro a circulação de comboios foi retomada entre Marco de Canaveses e Régua.
"Lamentamos profundamente o incómodo causado e pedimos a vossa compreensão. Atualizaremos sobre qualquer desenvolvimento", lê-se na publicação.
O incêndio que deflagrou na terça-feira à noite numa zona de mato e pinheiros na freguesia de Vale de Asnes, em Mirandela, entrou hoje em fase de rescaldo, embora ainda se mantenha um elevado número de meios no local.
No terreno mantêm-se 109 operacionais, auxiliados por 38 veículos e três máquinas de rasto, estando a aguardar-se a chegada de um helicóptero para alcançar os locais inacessíveis por via terrestre, disse à Lusa fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Trás-os-Montes, em Bragança.
De acordo com a fonte, neste incêndio rural, para o qual foi dado alerta às 20h49 e que atingiu "grandes proporções", não houve populações em risco e ninguém ficou ferido.
Pelo quarto dia consecutivo, os incêndios não dão tréguas aos bombeiros. Pelas 07h00 de hoje, mais de cinco mil operacionais apoiados por mais de mil viaturas combatem as dezenas de fogos concentrados, principalmente, no Centro e no Norte do país. Aqueles que estão a preocupar mais são os de Sever do Vouga, Tábua, Oliveira de Azeméis, Albergaria, Nelas e Gondomar.
Destaque para o incêndio de Pessegueiro do Vouga, onde combatem as chamas 320 bombeiros e 101 viaturas. Em Albergaria-a-Velha e Valmaior estão concentrados 406 operacionais apoiados por 125 viaturas.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou esta terça-feira que a situação nos concelhos afetados pelos incêndios foi elevada para o grau de calamidade pelo Governo.
"[Decidimos] A elevação para a situação de calamidade para todos os municípios afetados pelos incêndios", anunciou o primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros extraordinário realizado com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
Cortadas nos dois sentidos devido a incêndios:
- A1 totalmente reaberta
- A25 entre Albergaria e Reigoso
EN16 entre Cacia e Sever do Vouga.
EN2 entre Mamouros e Ponte Pedrinha.
- A25 entre Mangualde e Chãs de Tavares.
- A24 entre o nó de Castro Daire e o nó de Arcas/Mamouros.
- A24 cortada nos dois sentidos entre o nó de Samardã e o nó de Vila Pouca de Aguiar.
EN2 total entre Covelo e Pedras Salgadas.
- A28 entre o nó da Apúlia/A11 e o nó da Póvoa do Varzim
- A43 cortada entre Gondomar/A41
- A41 Medas/Aguiar de Sousa
EN 222 entre Oliveira do Douro e Freigil
EN 207-4 entre Gonça e Garfe
EN 210 entre Celorico Basto e Amarante.
EN 101 zona de Bustelo e entre Cavalinho a Mesão Frio M577.
EN 221 Eiriz e Campelo e EN 321-1 entre Soalhães e Baião
Mais de 50 concelhos de nove distritos do continente estão hoje em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em perigo máximo de incêndio estão mais de 50 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Guarda, Braga e Bragança.
O primeiro-ministro anunciou hoje que será criada "uma equipa especializada" para investigar criminalmente a origem dos incêndios dos últimos dias, falando em "coincidências a mais" e "interesses particulares".
"Nós não vamos largar estes criminosos, nós não vamos largar este combate a quem coloca todo um país em causa", assegurou Luís Montenegro, no final de um Conselho de Ministros extraordinário convocado para analisar "toda a situação relativa aos incêndios e às suas consequências", numa reunião presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a seu convite.
O comandante nacional da Proteção Civil anteviu esta terça-feira uma "noite complicada" no combate aos incêndios, com previsões de vento forte, adiantando que até ao momento os fogos já obrigaram a realojar 62 pessoas.
"O dia de hoje foi um dia bastante difícil, com um combate muito duro, em que a prioridade foi a salvaguarda da vida das pessoas e dos seus bens e depois, à medida que foi sendo possível, foram-se consolidando trabalhos nalguns dos incêndios que estão ativos. A noite vai ser também um período complicado. É expectável que o vento continue forte do quadrante leste. Apelava a todos que se mantivessem com a calma e a tranquilidade necessárias para passar esta noite que vai ser complicada, que mais uma vez acatem as indicações das autoridades", disse André Fernandes.
O comandante nacional falava no 'briefing' de ponto de situação às 20:00 do combate aos incêndios no território continental, que assolam sobretudo as regiões norte e centro.
Oito quintas situadas na encosta do rio Mondego em Oliveira do Hospital estão a ser evacuadas devido ao aproximar das chamas do incêndio que teve início em Nelas, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara.
Segundo Francisco Rolo, o incêndio que entrou "pouco depois das 14:00" em Oliveira do Hospital, teve início em Folhadal, concelho de Nelas, distrito de Viseu, e alastrou para Carregal do Sal, também distrito de Viseu, e Tábua, no distrito de Coimbra.
"O incêndio atravessou o rio Mondego, pela ponte da Atalhada e agora está a subir a encosta. Estamos a reforçar os meios de combate para evitar que se propague no nosso concelho e estamos a evacuar as quintas da encosta", adiantou o autarca.
Francisco Rolo disse que existem naquela encosta "oito quintas, estão todas a ser evacuadas", o que perfaz "cerca de 20 pessoas, que estão a ser encaminhadas para o ponto de abrigo preparado em Fiais da Beira", na sede da União Fialense.
Segundo o autarca, "as pessoas que ali habitam há algum tempo são todas estrangeiras, nomeadamente de origem irlandesa, inglesa e holandesa", oriundas essencialmente de países europeus.
Este incêndio, com origem pelas 11:53 de segunda-feira, em Folhadal, mobilizava, pelas 16:00, 341 operacionais, apoiados por 94 veículos e cinco meios aéreos.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve, fora de flagrante delito, um homem, de 55 anos, suspeito de ter ateado um incêndio florestal na madrugada de domingo em Cacia, Aveiro, informou esta terça-feira aquele órgão de polícia criminal.
Em comunicado, a PJ esclareceu que o detido "revela uma propensão para a repetição do comportamento incendiário, tendo inclusive cumprido já pena de prisão pelo mesmo tipo de crime".
Segundo a Judiciária, o incêndio, que ocorreu numa zona de extensa mancha florestal, tendo nas proximidades várias habitações e instalações industriais, foi provocado "com recurso a chama direta" e "só não atingiu grandes dimensões graças à pronta deteção e combate do mesmo".
A PJ refere ainda que o agora detido "é também suspeito de, num passado recente, ter ateado, nas proximidades, pelo menos outros dois fogos, designadamente no Monte do Paço e em Mataduços".
O trânsito na autoestrada 28 (A28) está cortado entre Apúlia (Esposende) e Póvoa de Varzim (Porto), devido a um incêndio que deflagrou pelas 13:03 em Barqueiros, Barcelos, disse fonte da concessionária daquela autoestrada.
Segundo a fonte, o corte é nos dois sentidos, estando o trânsito a ser desviado por estradas alternativas.
A fonte disse que o fumo está a provocar grandes problemas de visibilidade.
O corte ocorreu pelas 15:20 no sentido sul-norte e pelas 15:45 no sentido inverso.
A autoestrada 4 (A4) foi esta terça-feira cortada ao trânsito ao quilómetro 39, em Penafiel, no distrito do Porto, no sentido Amarante-Porto, devido a um incêndio florestal, mas o trânsito na autoestrada foi entretanto reaberto divulgou a Brisa.
"A Brisa Concessão Rodoviária informa que o trânsito na A4 está cortado no sentido Amarante-Porto, ao quilómetro 39, devido a incêndio", pode ler-se num comunicado enviado às redações.
Mais tarde, a concessionária informou que "o trânsito na A4 foi reaberto no sentido Amarante – Porto".
Luís Montenegro cancelou hoje toda a sua agenda como primeiro-ministro e adiou o Congresso do PSD, previsto para o próximo fim de semana em Braga.
A informação foi avançada à Lusa por fonte do Executivo e acontece após o primeiro-ministro já ter cancelado a agenda de segunda-feira e de hoje para acompanhar, em permanência, a evolução do combate aos incêndios.
O primeiro-ministro convocou o Conselho de Ministros para uma reunião extraordinária, hoje às 18h00, para analisar "toda a situação relativa aos incêndios e às suas consequências".
"A reunião será presidida pelo Presidente da República, que aceitou o convite que lhe foi formulado pelo primeiro-ministro", refere uma nota do gabinete de Luís Montenegro.
O primeiro-ministro manifestou hoje "profunda consternação" pela morte de três bombeiros, expressando condolências às famílias e à corporação "destes três heróis que deram a vida pela defesa de Portugal e dos portugueses".
Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, Tábua, morreram hoje quando se deslocavam para um incêndio naquele concelho do distrito de Coimbra, disse o presidente da câmara.
"Foi com profunda consternação que tive conhecimento da perda de vida de três bombeiros. Expresso as mais sentidas condolências às famílias e à corporação destes três heróis que deram a vida pela defesa de Portugal e dos portugueses", refere Luís Montenegro, numa nota de pesar do gabinete do primeiro-ministro. "A maior homenagem que lhes podemos prestar é continuar a lutar, como eles fizeram", acrescentou o chefe do Governo.
Minutos antes, Luís Montenegro tinha cancelado toda a sua agenda como primeiro-ministro até sexta-feira e adiado o Congresso do PSD, previsto para o próximo fim de semana em Braga.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se hoje "profundamente consternado" com a morte de três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, a quem endereçou condolências, bem como aos respetivos familiares.
"O Presidente da República está profundamente consternado com o acidente com uma viatura de bombeiros, causando o falecimento de três bombeiros, expressando as suas mais sentidas condolências aos familiares, bem como à Corporação dos Bombeiros de Oliveirinha", lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
Numa altura em que o país enfrenta dias de grande aflição, o presidente da Liga dos Bombeiros partilha a ideia de repensar a estrutura da Proteção Civil e o sistema de comando dos bombeiros. António Nunes, ouvido esta manhã no Fórum TSF, lembra que já tinha feito este aviso.
Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, Tábua, morreram hoje quando se deslocavam para um incêndio naquele concelho do distrito de Coimbra, disse o presidente da câmara. "Não é oficial ainda, mas são três mortos", disse Ricardo Cruz.
Fonte da Proteção Civil disse à Lusa que morreu um bombeiro e duas bombeiras, depois de o carro ter sido apanhado pelas chamas.
Uma mulher de 33 anos, suspeita da prática de cinco crimes de incêndio florestal no concelho de Alvaiázere, distrito de Leiria, foi detida, anunciou esta terça-feira a Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado, a PJ explicou que a arguida foi detida "pela presumível autoria de cinco crimes de incêndio florestal", dois na sexta-feira e três na segunda-feira, em Maçãs de Dona Maria.
O Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil do Porto foi ativado hoje na sequência da "grave situação" desencadeada pelos incêndios florestais que estão em curso nos concelhos de Baião, Paredes, Santo Tirso e Gondomar, informou hoje a Proteção Civil.
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Uma mulher de 47 anos foi detida na segunda-feira por ser suspeita da autoria de seis crimes de fogo florestal em Condeixa-a-Nova, revelou hoje a Polícia Judiciária. De acordo com a PJ, a mulher terá ateado os fogos na quinta-feira e na sexta-feira, e no domingo e na segunda-feira, em Sebal e Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.
"A suspeita, presumivelmente com uso de chama direta, ateou os incêndios na floresta, em zona com vasta mancha florestal, povoada com mato e pinheiro-bravo, confinante com a zona urbana, colocando em perigo a integridade física e a vida de pessoas, de habitações e da mancha florestal com centenas de hectares", explicou a PJ.
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Quatro aviões Canadair provenientes de Itália e França chegam hoje a Portugal para ajudar no combate aos incêndios, ao abrigo do pedido do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, e começam a operar ainda de tarde. "Confirmamos que dois aviões Canadair da frota que operamos em Itália foram ativados ao abrigo do mecanismo RescEU e chegarão hoje a Portugal para apoiar os bombeiros na proteção das comunidades locais", afirmou o CEO da Avincis, John Boag, em declarações citadas numa nota enviada à Lusa.
Fonte oficial da empresa acrescentou ainda que as duas aeronaves já partiram de Itália e vão chegar à base de Monte Real, sendo operadas a partir desta tarde por dois pilotos italianos.
Já os dois aviões provenientes de França também já arrancaram e devem igualmente entrar no combate aos incêndios hoje de tarde, adiantou à Lusa fonte governamental, realçando que na quarta-feira devem chegar os outros dois Canadair enviados pela Grécia.
Entretanto, já na segunda-feira começaram a operar os dois aviões enviados por Espanha para apoiar Portugal no combate à vaga de incêndios nas regiões Norte e Centro do país.
Os quatro grandes incêndios que lavram hoje no distrito de Aveiro têm um perímetro de aproximadamente 100 quilómetros e consumiram até ao momento uma área de 10 mil hectares de floresta, informou a Proteção Civil. A informação foi avançada pelo segundo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, durante um briefing realizado pelas 10h45, no posto de comando distrital, em Oliveira de Azeméis.
O comandante começou por explicar que a operação de combate aos quatro incêndios em Águeda, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e Oliveira de Azeméis foi avocada pelo Comando Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Após uma vistoria de helicóptero pelo perímetro do incêndio, Mário Silvestre disse que a situação é "bastante complexa", adiantando que "as janelas de oportunidade para fazer combate ao incêndio" durante a noite não se verificaram. "O vento não nos tem ajudado. Durante a noite tivemos ventos a rondar os 70 quilómetros por hora, com temperaturas de 25 graus e uma humidade relativa na casa dos 30%", observou.
O comandante referiu ainda que, durante a noite, 57 pessoas tiveram de ser retiradas das suas habitações, registando-se 54 vítimas, das quais 17 tiveram de ser transportadas ao hospital por medidas de segurança.
Segundo Mário Silvestre, o incêndio continuava ativo pelo seu perímetro, mas a prioridade centrava-se sobretudo "no sul do incêndio, na zona de Águeda, à esquerda da autoestrada A25, que é a zona que coloca mais preocupações".
"É um incêndio muito disperso com uma evolução pautada pelo comportamento do vento", disse Mário Silvestre, acrescentando que, atualmente, não há povoações em risco, mas "é uma realidade que pode acontecer a qualquer momento, atendendo à malha urbana existente".
O Governo compromete-se a encontrar com "muita urgência" uma resposta para os problemas das populações que estão a ser afetadas pelos incêndios.
Em entrevista à TSF, o ministro Adjunto da Coesão Territorial explica que a reunião desta manhã com os autarcas da região de Aveiro vai servir para começar a fazer um levantamento dos danos provocados pelas chamas. "Seria uma precipitação da minha parte estar a tomar compromissos imediatamente antes mesmo de ver qual é a natureza dos problemas e a quantidade dos problemas que estão em causa", sublinha.
O incêndio que começou no domingo à noite na localidade de Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco, destruiu cerca de 300 hectares de floresta, mato e terrenos agrícolas, disse hoje o presidente da Câmara. Em declarações à agência Lusa, Leopoldo Rodrigues explicou que não há registo de perdas de habitações ou de vítimas e estima-se que a área ardida ronde os 300 hectares.
"Houve muitos terrenos agrícolas que foram consumidos pelas chamas, nomeadamente olival, pomares e vinha, no Louriçal do Campo e em São Vicente da Beira", referiu. Em relação às perdas agrícolas registadas, o autarca disse que não sabe se o Governo vai avançar com algum mecanismo de apoio.
O incêndio começou no domingo à noite na localidade de Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco, e entrou em fase de resolução na segunda-feira, às 17h52. Hoje, pelas 10h15, ainda se encontravam no terreno, em vigilância, 130 operacionais apoiados por 43 viaturas.
Leopoldo Rodrigues deixou ainda uma palavra de agradecimento a todas as entidades envolvidas neste incêndio, especialmente à Proteção Civil, forças de segurança e às populações.
Manuel Castro Almeida não avança prazos, mas assegura que quem mora nas zonas mais afetadas vai ter resposta do Estado. "Nunca vamos ficar em Lisboa à espera que os autarcas nos venham procurar, não estão em momento de abandonar os seus territórios."
Garante ainda que o Executivo está atento ao que se está a passar na região de Aveiro e promete apoios em várias áreas, pedindo ainda que haja "solidariedade nacional" numa altura tão crítica como esta.
Três populações estão em risco no concelho de Mangualde devido ao incêndio que começou em Penalva do Castelo e que avança para o concelho de Nelas, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros, perto das 09h30.
"O incêndio que começou aqui em Penalva [do Castelo] atravessou Mangualde e está no alinhamento de Nelas e, neste momento, há três populações em Mangualde que estão em risco: Mourilhe, Mesquitela e Fundões", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo, distrito de Viseu.
José Manuel Lopes acrescentou que "há um alerta para Freixiosa, na A25", que passa entre os concelhos de Mangualde e Penalva do Castelo, "dada a longa extensão do incêndio".
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Nelas, Guilherme Almeida, adiantou à agência Lusa que está "apreensivo com a direção que o incêndio está a ter" para o concelho, também tendo em conta que o município está a ser atingido por outros focos. "Estamos com reacendimentos em Vale de Madeiros e estamos com uma frente ativa e com muita dificuldade em Carregal do Sal [concelho vizinho de Nelas] e temos este alinhamento que vem de Mangualde", afirmou Guilherme Almeida.
O incêndio que começou às 16h00 de segunda-feira nos arredores da cidade de Coimbra entrou hoje de manhã em fase de resolução, de acordo com a Proteção Civil.
Às 09h00, a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil dava nota da entrada em resolução daquele incêndio, que, ainda assim, continua sob vigilância, com mais de três centenas de bombeiros, um meio aéreo e 100 viaturas.
Na noite de segunda-feira, o comandante sub-regional da Proteção Civil da Região de Coimbra, Carlos Luís Tavares, mostrou-se otimista e explicou que o incêndio deveria ser controlado durante a noite, o que acabou por acontecer. No final da tarde de segunda-feira, houve várias habitações em perigo, mas não há registo de danos consideráveis, nem vítimas.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) expressou hoje solidariedade às vítimas dos incêndios e apelou aos profissionais para que contactem as autoridades no terreno, de forma a ajudar na assistência.
Numa nota de imprensa, lê-se que, "perante a catástrofe provocada por incêndios devastadores que assolam várias zonas da região", a SRCOM "manifesta a sua solidariedade para com todas as famílias e todos os profissionais que estão a enfrentar esta ocorrência tão complexa do ponto de vista humano e humanitário".
"A SRCOM apela ainda a todos os colegas que contactem as autoridades que estão no terreno, a fim de ajudar na assistência aos que enfrentam as terríveis consequências dos incêndios".
Citado na mesma nota, o presidente da SRCOM, Manuel Teixeira Veríssimo, considerou ser "crucial que todos possam ajudar em prol das vítimas e dos doentes que, perante estes cenários críticos, enfrentam ainda mais dificuldades". Para Manuel Teixeira Veríssimo, toda a comunidade "deve também estar mais vigilante com os idosos, as crianças e as pessoas vulneráveis".
"Face à fraca qualidade do ar e o calor intenso, a SRCOM recomenda ainda a ingestão de água (mesmo quando não se tem sede), bem como o uso de máscara no exterior, especialmente em zonas de maior concentração de fumo e quando se é portador de doença respiratória."
O FC Porto deixou "uma mensagem de força e um agradecimento pela bravura" a todos os que estão a ser afetados pelos incêndios.
Nas zonas Norte e Centro do país, em particular no distrito de Aveiro e nos concelhos de Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, "os bombeiros portugueses continuam a demonstrar uma coragem sem limite no combate às chamas que devastam a região", lê-se na publicação feita no Instagram dos dragões. O clube está "disponível para auxiliar quem mais necessita".
Meios insuficiente, terrestres e aéreos, e o vento forte são as grandes preocupações sentidas hoje no combate aos três incêndios rurais que "estão descontrolados" no concelho de Vila Pouca de Aguiar, disse o comandante dos bombeiros locais.
"Temos três incêndios ativos, todos eles descontrolados, sem meios suficientes, e não há previsão de meios para aqui", afirmou Hugo Silva à agência Lusa, referindo-se a operacionais e a meios aéreos.
Num ponto de situação feito pelas 08h30, o responsável disse que foi pedido um reforço de meios, mas estes "não estão disponíveis". "E a situação de hoje é muito mais grave do que a de ontem, porque a área ardida é extensa, há frentes a arder livremente sem meios de combate, sem meios para pôr no terreno, e os meios que cá estão já estão cá há mais de 24 horas em trabalho", afirmou.
Hugo Silva frisou ainda que a prioridade dos bombeiros no terreno é o combate "junto às casas".
Os incêndios lavram desde segunda-feira neste concelho de Vila Pouca de Aguiar e foram progredindo ao longo do dia em Bornes de Aguiar, Telões e Vreia de Jales.
O comandante descreveu situações mais preocupantes devido à proximidade do fogo nas aldeias de Vila Meã, onde se verificam muitas reativações, e ainda em Outeiro, Souto, Tourencinho e Zimão. De acordo com o responsável, o incêndio que deflagrou em Vreia de Jales já progrediu para o município vizinho de Vila Real e o de Telões para Ribeira de Pena.
Hugo Silva salientou como grande dificuldade no combate a estes fogos, além da falta de meios, o vento forte que se faz sentir. "Com a entrada do dia vai-se tudo agravar", salientou.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 08h45 estavam mobilizados em Vreia de Jales 85 operacionais e 22 viaturas, em Bornes de Aguiar 62 operacionais e 22 viaturas e em Telões quatro homens e uma viatura.
O autarca Marco Martins escreve, no Facebook, que as aulas foram suspensas em alguns estabelecimentos de ensino em Gondomar. Confira abaixo quais são.
"O pior incêndio de sempre, não há recordação de algo parecido." É assim que o presidente da Câmara de Sever do Vouga, Pedro Lobo, descreve à TSF a situação do concelho, assinalando que dezenas de famílias tiveram de abandonar as suas casas.
Durante a madrugada, houve mais um foco de fogo a deflagrar e, garante o autarca, trata-se de fogo posto: "Por um lado, não havia chamas de nenhum lado que pudessem provocar o incêndio, por outro lado, porque há testemunhas que viram a própria colocação do fogo e o carro a fugir em direção à zona de Águeda."
Oito distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo devido ao calor, informou esta terça-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Num comunicado, o IPMA disse que os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga estão sob alerta devido à "persistência de valores elevados da temperatura máxima". O aviso amarelo irá estar em vigor pelo menos até às 18h00 desta terça-feira.
O IPMA prevê que, em especial as regiões do Norte e Centro, vão manter-se sob severidade meteorológica "extremamente elevada" até quarta-feira, com o perigo de incêndio rural de elevado a máximo.
Acompanhe ao minuto na TSF o estado do trânsito
Incêndio Sever do Vouga/Albergaria-a-Velha:
- A1 corte total entre Coimbra norte e Albergaria-a-Velha.
- A25 corte total, entre Angeja e Reigoso (Viseu) .
- EN16 corte total entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
Incêndio Ceira/Coimbra:
- A13 corte total entre Coimbra e nó da A13-1.
- EN17 corte total entre Coimbra e São Frutuoso.
Incêndio Nelas/Penalva do Castelo:
- A25 corte total entre Mangualde e Chãs de Tavares.
- EN 234 corte total entre Canas de Senhorim e Oliveirinha.
- EN 231 corte entre Folhada e Caldas da Felgueira.
- IC12 Canas de Senhorim a Carregal do Sal.
- EN16 corte total entre Mangualde e Chãs de Tavares.
Incêndio Vila Pouca de Aguiar:
- A24 sentido N/S entre Vila Pouca de Aguiar e São Tomé de Castelo.
Incêndio Sever do Vouga/Albergaria-a-Velha:
O Governo criou uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos incêndios dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenado pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, anunciou hoje o primeiro-ministro.
Luís Montenegro falava à comunicação social na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), tendo ao seu lado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, onde também confirmou que o Governo prolongou o estado de alerta até ao final do dia de quinta-feira.
"Do ponto de vista do apoio às populações e às autarquias locais que têm sido atingidas, está criada uma equipa multidisciplinar no Governo, coordenada pelo sr. ministro Adjunto e da Coesão Territorial, que se vai instalar já amanhã [terça-feira] de manhã no concelho de Aveiro", anunciou.
Segundo Montenegro, esta equipa "já está a programar e a agendar reuniões com os autarcas dos municípios mais atingidos" e vai integrar secretários de Estado da Saúde, Educação, Segurança Social, Habitação, Florestas e Administração local.
As chamas que começaram domingo a norte de Aveiro alastraram hoje pelo distrito e foram responsáveis, direta e indiretamente, por três mortes, casas destruídas e estradas cortadas, um cenário que se repetiu em vários locais do norte e centro.
Na noite passada morreu um bombeiro de "doença súbita" quando combatia as chamas em Oliveira de Azeméis e hoje as autoridades anunciaram mais duas mortes, uma pessoa carbonizada no fogo de Albergaria-a-Velha e uma morte por ataque cardíaco em Sever do Vouga.
Num dos piores dias dos últimos anos em termos de incêndios, as chamas chegaram hoje, nomeadamente, aos distritos do Porto, em Gondomar, de Braga, em Cabeceiras de Basto, de Viseu, em Penalva do Castelo e Nelas (com seis feridos), e de Castelo Branco, em Louriçal do Campo. Mas foi o distrito de Aveiro, com 10 mil hectares já ardidos, o centro dos maiores focos de incêndio, primeiro em Oliveira de Azeméis e depois Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda.
Além dos mortos, os fogos do distrito já provocaram vários feridos. Em Oliveira de Azeméis, onde as chamas estão a ser combatidas desde domingo, o presidente da Câmara, Joaquim Jorge Ferreira, referiu quatro feridos.
O Presidente da República agradeceu esta segunda-feira às populações e à estrutura de Proteção Civil pela forma como têm enfrentado os incêndios dos últimos dias e anunciou o cancelamento da sua deslocação a Espanha na quarta-feira.
Marcelo Rebelo de Sousa falava à comunicação social na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), tendo ao seu lado o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O chefe de Estado tinha prevista uma deslocação a Tenerife e Las Palmas, em Espanha, entre quarta e sexta-feira, para participar num encontro internacional de ministros da Justiça e numa reunião da associação empresarial Cotec Europa.
A circulação nas autoestradas A29 e A17 e na Estrada Nacional (EN) 109 já foi retomada depois dos incêndios que hoje lavram no distrito de Aveiro terem obrigado ao seu corte, revelou à Lusa fonte da GNR.
O Comando Territorial da GNR de Aveiro avançou à Lusa que as três vias já estão transitáveis, sem adiantar a hora a que foram reabertas.
Cinco incêndios de grandes dimensões no distrito de Aveiro, que esta segunda-feira provocaram já dois mortos, mobilizavam, pelas 17:00, mais de 1.200 homens, apoiados por 391 viaturas e 12 helicópteros.
Segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, dos cinco incêndios significativos no distrito de Aveiro, o que deflagrou no domingo, às 14:52, na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, em Oliveira de Azeméis, era o que, pelas 17h00, concentrava mais meios no local, com 614 operacionais, 205 viaturas e cinco helicópteros.
No concelho de Sever do Vouga lavraram à mesma hora dois incêndios, um na freguesia de Sever do Vouga, que deflagrou no domingo, pelas 15:00, estando as chamas a ser combatidas por 242 operacionais, apoiados por 75 carros e cinco helicópteros, e o segundo na freguesia de Pessegueiro do Vouga, que contava com 95 operacionais, apoiados por 28 viaturas e um helicóptero.
- A1 corte total entre Coimbra norte e Grijó (nó da A41).
- A25 corte total, entre Angeja e Reigoso (Viseu) .
- A43 corte total, entre Gondomar Este e nó da A41.
- EN16 corte total entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
Incêndio Ceira/Coimbra:
- A13 corte total entre Coimbra e nó da A13-1.
- EN17 com condicionamentos.
Incêndio Nelas:
- EN 234 corte total entre Canas de Senhorim e Oliveirinha.
- IC12 corte total entre Canhas de Senhorim e Carregal do Sal.
Duas pessoas morreram esta segunda-feira nos incêndios de Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a ANEPC, uma pessoa ficou carbonizada no fogo de Sever do Vouga e outra sofreu um ataque cardíaco no incêndio de Albergaria-a-Velha.
Três dos feridos dos incêndios que lavram hoje no distrito de Aveiro estão internados no hospital de Aveiro e um quarto foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, informou a proteção civil.
"Encontram-se internados no hospital de Aveiro três feridos (dois com queimaduras e um por efeitos de uma projeção/explosão), tendo um outro ferido grave sido evacuado para os Hospitais da Universidade de Coimbra", refere um comunicado da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Fonte do hospital de Aveiro disse à Lusa que os feridos com queimaduras são dois civis e o terceiro é um bombeiro que sofreu ferimentos na sequência de uma projeção/explosão.
A mesma fonte adiantou ainda que estão a dar entrada muitas crianças com problemas respiratórios, tendo sido já reforçada a equipa de pneumologia.
A operação da rede Expressos entre Lisboa e Porto e Lisboa e Bragança está suspensa, pelo menos até às 20h00, devido aos incêndios que lavram na zona centro e norte do país, foi esta segunda-feira revelado.
Em declarações à agência Lusa, o gabinete de comunicação da Rede Expressos avançou que pelas 20h00 será feita uma reavaliação com as autoridades.
Neste momento, as viagens entre Lisboa e Porto estão suspensas, funcionando o serviço apenas entre Lisboa e Coimbra.
Também a operação entre Lisboa e Bragança está suspensa, permanecendo, no entanto, em funcionamento a ligação Lisboa - Viseu - Bragança.
À Lusa, fonte da empresa assegurou que está a ser dado apoio aos passageiros.
Cerca de 70 pessoas tiveram de ser retiradas e pelo menos cinco imóveis, incluindo habitações, foram atingidos pelas chamas em diferentes incêndios rurais que deflagraram entre domingo e hoje nas regiões Norte e Centro, segundo a Proteção Civil.
- A1 corte total entre Coimbra norte e Grijó (nó da A41).
- A25 corte total entre nó Aveiro e Reigoso (Viseu) .
- A29 corte no sentido N/S, entre Espinho e Angeja.
- A43 corte total, entre Gondomar Este e nó da A41.
- A32 corte total dos acessos à A41 em direção a sul.
- A17 corte sentido S/N, entre nó da Tocha e Mamodeiro.
- IC2 corte total, entre Salreu e Águeda.
- EN328 corte total na zona de Sever do Vouga.
- EN16 corte total entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
- A1 corte total entre Coimbra norte e Grijó (nó da A41).
- A25 corte total , entre Angeja e Reigoso (Viseu) .
- A29 corte no sentido N/S, entre Espinho e Angeja.
- A43 corte total, entre Gondomar Este e nó da A41.
- A32 corte total dos acessos à A41 em direção a sul.
- IC2 corte total, entre Curval e Albergaria.
- EN328 corte total na zona de Sever do Vouga.
- EN16 corte total entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
O incêndio que lavra esta segunda-feira em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, já atingiu 20 casas e deixou vários desalojados, tendo causado ainda ferimentos em quatro pessoas, disse o presidente da câmara António Loureiro.
"Neste momento, o incêndio está espalhado pelas seis freguesias e por várias localidades. Temos a lamentar quatro feridos, um deles com alguma gravidade", disse o autarca durante um 'briefing' pelas 14:45.
O presidente da câmara referiu ainda que há 20 casas afetadas pelo incêndio, além de viaturas, dois armazéns, um escritório, tendo ficado várias pessoas desalojadas.
"A câmara já está a montar uma operação para dar alojamento a essas pessoas. Retirámos as pessoas para o Cineteatro Alba, como forma de segurança e dar apoio às pessoas. Agora, durante a tarde, vamos começar a alojar essas pessoas num espaço que vamos criar", acrescentou.
Incêndio Sever do Vouga/Albergaria-a-Velha:
O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse esta segunda-feira à Lusa que há um bombeiro da corporação local que ficou ferido no combate aos incêndios que lavram no concelho e atingiram várias casas.
"Temos casas atingidas e um bombeiro ferido, da corporação de Águeda, e neste momento [15:20] são zonas críticas com fogos ativos Macinhata, Soutelo e Serém", disse à Lusa Jorge Almeida.
"Desde manhã que o incêndio vindo de Sever do Vouga atingiu o concelho de Águeda", disse, acrescentado ter sido necessário retirar pessoas em Jafafe, Macinhata, Serém, Cavada Nova e Sernada.
A circulação da Autoestrada (A) 43 e na Estrada D. Miguel, ambas em Gondomar, estão cortadas ao trânsito devido a um incêndio em Jovim, naquele concelho, revelou à Lusa fonte da Proteção Civil.
Segundo o Centro Municipal de Operações de Socorro de Gondomar, está a lavrar um incêndio desde as 13h02 em Jovim, situação que levou a que fossem retiradas pessoas das casas mais próximas ao local do incêndio.
Numa publicação na sua página no Facebook, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, assinala a "A43 cortada a partir do nó de Gondomar Este", bem como a Estrada "D. Miguel cortada entre a autoestrada e Jovim". Na mesma publicação, o autarca do distrito do Porto admite que a "Estrada Nacional 108, [que junto ao rio Douro liga o Porto e Entre-os-Rios], está com probabilidade de corte".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem estado a "supervisionar a coordenação do combate aos incêndios", mantendo contactos com os líderes da União Europeia, e cancelou a agenda que tinha prevista para hoje e terça-feira, revelou o seu gabinete.
"O primeiro-ministro tem estado a supervisionar a coordenação do combate aos incêndios que estão a atingir o país nesta conjuntura meteorológica extremamente difícil. Tem também mantido contactos com líderes da União Europeia e de parceiros europeus para garantir o apoio internacional necessário ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil", afirmou em comunicado.
Segundo a mesma nota, o Governo afirma-se "plenamente empenhado no combate aos incêndios e o foco exigido pela situação levou o primeiro-ministro a cancelar os compromissos na agenda de hoje e de amanhã".
Cerca de 70 pessoas tiveram de ser retiradas e pelo menos cinco imóveis, incluindo habitações, foram atingidos pelas chamas em diferentes incêndios rurais que deflagraram entre domingo e hoje nas regiões Norte e Centro, segundo a Proteção Civil.
Em conferência de imprensa, às 13h00, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, indicou que as evacuações foram registadas nos fogos de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga e Cabeceiras de Basto, e têm "corrido dentro do expectável", com a colaboração das populações.
Referindo que a contabilização dos danos divulgada neste briefing poderia ter de ser atualizada, o responsável indicou que, em Sever do Vouga, arderam uma habitação e um anexo agrícola, em Cabeceiras de Basto uma habitação e, num outro fogo em Albergaria-a-Velha, um turismo rural e, de forma parcial, uma habitação.
As chamas obrigaram a cortes de trânsito nas autoestradas A25, A1 (incluindo no nó com a A41), A29, A17 e A32 e no Itinerário Complementar (IC) 2, além de motivarem alguns condicionamentos ferroviários.
"A situação não está fora do controlo. A situação está muito complexa", resumiu o comandante nacional, sublinhando que é necessário reduzir o número de ignições, que afetam sobretudo as regiões Norte e Centro.
Pelas 13h00, estavam cerca de 3500 operacionais envolvidos diretamente nas ações de socorro.
O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, apelou esta segunda-feira à população para que reduza o consumo de água "ao mínimo indispensável" devido aos incêndios que lavram no distrito.
Segundo o comunicado, devido às cinzas provocadas pelos incêndios, existe o risco de a Central de Abastecimento do Carvoeiro ser obrigada a cortar o fornecimento de água que abastece o concelho. "Para evitarmos este cenário, é muito importante o contributo de todos na racionalização da água em empresas, habitações e sistemas de rega de jardim e cultivo", sensibiliza a autarquia.
As empresas da Zona Industrial de Cacia, com focos de incêndio nas suas imediações, são exortadas a utilizar "todos os mecanismos de proteção e combate às chamas que tenham instalados e em sua posse".
É ainda feito um apelo à população em geral para que evite a circulação pedonal e automóvel nas próximas horas, "com especial enfoque na zona norte do Município onde deflagram, a esta hora, os principais incêndios".
