Mais um caso de violência de extrema-direita. Ativista de Guimarães agredido por homem que se identifica como membro de "grupo neonazi"
O caso já foi encaminhado pela PSP para o Ministério Público
Corpo do artigo
Desta vez foi em plena luz do dia em Guimarães. Ricardo Ruão, ativista e líder do núcleo antifascista da cidade, conta à TSF que foi abordado na rua e agredido "com vários socos" por um homem que, refere, se identifica como sendo membro de um "grupo neonazi".
O agressor, afirma, "é assumidamente de um grupo altamente alinhado com a ideologia neonazi, completamente extremista e terrorista, que é considerado em alguns países um grupo terrorista", afirma também à TSF o ativista de Direitos Humanos conhecido em Guimarães, lamentando a retirada das referências a este tipo de grupos do Relatório Anual de Segurança Interna - que foi recentemente tornado público.
"O que mais me deixa triste é esta impunidade toda e a inação das nossas forças de segurança", considera, acrescentando que, após as agressões, acabou por ser assistido no hospital, onde lhe foi detetada uma fratura na cara e teve de ser suturado.
Em comunicado enviado à TSF, o Núcleo Antifascista de Guimarães identifica o agressor como sendo integrante do Grupo 1143, relata a situação de violência de que foi alvo Ricardo Ruão ("foi transportado para o hospital de ambulância") e sublinha que "a PSP foi chamada ao local e tomou conta da ocorrência".
"Lembramos que esta não é a primeira vez que o líder neonazi local comete crimes ou agride publicamente", lê-se na mesma nota, que recorda as comemorações do último 25 de Abril, em Lisboa, alegando que o mesmo suspeito "foi um dos agressores de manifestantes antifascistas".
O Núcleo Antifascista de Guimarães salienta ainda que o agressor "tem já várias queixas apresentadas" junto das autoridades.
O caso, noticiado pelo Expresso, já foi encaminhado pela PSP para o Ministério Público.