O ataque deste domingo é o mais mortífero de 2025. O Presidente ucraniano pede ao mundo que responda "com firmeza" aos ataques russos
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Pelo menos 32 pessoas morreram na sequência de um ataque russo com mísseis na cidade de Sumy, este domingo, adiantam os serviços de emergência ucranianos, citados pela agência de notícias France-Presse. Há ainda o registar dezenas de feridos.
Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o Presidente da Ucrânia relata um cenário de destruição na cidade e sublinha que o ataque aconteceu num dia em que várias pessoas saem à rua, principalmente para irem à Igreja.
Volodymyr Zelensky refere que há "dezenas de mortos e feridos", mas, entretanto, os serviços de emergência ucranianos e o ministro do Interior já vieram esclarecer os números: são pelo menos 32 mortos e 84 feridos. Entre as vítimas estão dez crianças.
O ataque deste domingo na cidade de Sumy é o mais mortífero de 2025.
Zelensky deixa ainda um apelo ao mundo: "Devem achar com firmeza... Os Estados Unidos, a Europa e toda a gente que quer que o fim da guerra. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a arrastar esta guerra. Sem pressão sobre a Rússia, a paz é impossível."
Também esta manhã, Moscovo acusou as autoridades ucranianas de terem lançado um ataque com mísseis sobre território ucraniano, no sábado.
Segundo a agência Efe, que cita o Ministério da Defesa russo, as defesas antiaéreas abateram no sábado 13 drones ucranianos: 12 drones foram abatidos na região de Rostov e um em Belgorod. De acordo com as autoridades russas, não foram registadas vítimas naqueles ataques.
A Rússia garantiu que tem informado os Estados Unidos de todas as violações da trégua energética por parte da Ucrânia.
Em comunicado, Moscovo acusou Kiev de “continuar com os ataques unilaterais contra as infraestruturas energéticas russas, violando os acordos russo-americanos”, que estabelecerem um cessar-fogo por um período de 30 dias a partir de 18 de março.
Segundo as autoridades russas, a Ucrânia já violou o acordo mais de 60 vezes.
No dia 18 de março, o Presidente russo, Vladimir Putin, aceitou a proposta do Presidente dos EUA, Donald Trump, de uma moratória de 30 dias sobre os ataques as infraestruturas energéticas, à qual o Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, aderiu uma semana depois.
No entanto, desde o início daquela moratória que Kiev e Moscovo trocam acusações de violação do acordo, embora o Kremlin afirme repetidamente que as forças armadas russas estão a cumprir integralmente a ordem do Presidente de não atacar as infraestruturas energéticas ucranianas.
Notícia atualizada às 12h10