A atual líder parlamentar do partido vai concorrer ao lugar que ficou vago com a demissão de Rui Rocha
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Mariana Leitão é candidata à presidência da Iniciativa Liberal. A atual líder parlamentar do partido vai concorrer ao lugar que ficou vago com a demissão de Rui Rocha. Numa mensagem publicada nas redes sociais, Mariana Leitão escreve que “avança porque tem a vontade e a capacidade de agregar um movimento que inspire uma mudança no país” e admite que o partido "precisa de iniciar um novo ciclo de energia e de transformação".
Exerceu todos os cargos na Iniciativa Liberal. Foi membro de base, chegou a deputada e líder parlamentar, só lhe falta liderar o partido. É esse o caminho que Mariana Leitão quer agora traçar, depois da demissão de Rui Rocha.
Garante que tem “coragem para erguer as bandeiras liberais sem hesitação” e “sem moderar os valores liberais em toda a plenitude” - palavras que parecem dirigidas a Rui Rocha, antigo líder, que não é mencionado em qualquer parte da mensagem.
"Seremos os líderes da defesa da liberdade económica, política e social, do direito a cada um fazer o seu caminho e escolher a forma como vive a sua vida, do direito a cada um ver o esforço do seu trabalho recompensado, do direito a cada um dar o máximo e ver o seu mérito reconhecido", acrescenta.
Mariana Leitão escreve ainda que quer “somar todos os contributos” e “inspirar todo o potencial da Iniciativa Liberal”, pelo que abre a porta a receber todas as correntes internas, numa candidatura unificadora, como já pediu o antigo candidato Rui Malheiro.
A deputada eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa foi reeleita, no início da semana, como líder parlamentar do partido, com os votos de todos os nove deputados liberais. Foi anunciada, em fevereiro, como candidata a Presidente da República, numa escolha de Rui Rocha.
Leia a mensagem na íntegra:
“Sou candidata à liderança da Iniciativa Liberal.
Construímos muito nos últimos anos e tivemos relevância na afirmação das ideias liberais no país, mas agora que o país inicia um novo ciclo político também a IL precisa de iniciar um novo ciclo de energia e transformação.
Avanço porque tenho a vontade e a capacidade de agregar um movimento que inspire uma mudança no país: sem medo de ser liberal, com coragem para erguer as nossas bandeiras liberais sem qualquer hesitação, sem moderar a afirmação dos valores liberais em toda a sua plenitude.
Seremos os líderes da defesa da liberdade económica, política e social, do direito a cada um fazer o seu caminho e escolher a forma como vive a sua vida, do direito a cada um ver o esforço do seu trabalho recompensado, do direito a cada um dar o máximo e ver o seu mérito reconhecido.
Seremos líderes na defesa da liberdade individual protegendo-a contra os abusos do Estado e de quaisquer formas de coletivismo que limitem, ou tentem limitar, a justa ambição e iniciativa dos portugueses.
Recuso a ideia de que o que temos hoje é o melhor que Portugal pode ser. Acredito num país que se constrói em liberdade, com prosperidade e oportunidades para todos. Uma nação dinâmica que não tem medo de arriscar, de inovar, de se modernizar. Uma nação assente num povo que trabalha e impulsionada por um Estado eficiente e limitado ao que verdadeiramente importa, que não bloqueia, não sufoca e não limita.
Fui membro de base da IL, coordenadora de núcleo territorial, presidente do conselho nacional, deputada municipal, chefe de gabinete parlamentar, deputada da nação e líder parlamentar. Exerci todas estas funções com energia e entusiasmo e com a certeza da importância crítica que o projeto liberal tem em Portugal. Em todas essas missões conheci um partido de gente fantástica, muito capaz, que não se conforma com o destino do país, que quer mais, que sabe que merece mais e que quer lutar por mais.
Quero inspirar todo o potencial da IL, somando os contributos de todos, para que sejamos a referência incontornável das ideias que transformam e das soluções que fazem avançar Portugal.
Em nome da Liberdade, a Liberdade que nos une.”