"Estou aqui para dar e durar." Montenegro garante que não vai desistir e acusa oposição de "trair interesse nacional"
O líder do PSD afirma que "a Europa vê Portugal como um exemplo e está atónita com o que está a acontecer" e que espera para ver "quão reforçado sairá o Governo" das eleições
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O presidente do PSD, Luís Montenegro, diz que "um pouco inexplicavelmente" o país caminha para eleições antecipadas e percebe a "estupefação" com que os portugueses olham para a queda do Governo.
Na reunião do Conselho Nacional do PSD, Montenegro afirma que os portugueses "têm uma apreciação positiva" do Governo e do primeiro-ministro e que "as suas vidas estão com um horizonte de esperança" maior do que antes das últimas eleições.
"Temos garantidamente uma das melhores condições económicas e financeiras da União Europeia", assegura o líder social-democrata. "Será muito difícil explicar-lhes como chegámos até aqui (...), como foi possível que os políticos que há menos de um ano assumiram o poder do povo (...) não conseguiram resolver o problema", atira.
Montenegro diz que a sua convicção para a previsível dissolução da AR e eleições antecipadas, "que não é assumida", é "o sucesso do atual Governo e a popularidade do primeiro-ministro".
"Os políticos que veem muito curto, pouco, (...) que olham para si próprios antes de olharem para o país, (...) são aqueles que estão a trair o interesse nacional, do povo português e do futuro de Portugal", acusa.
Luís Montenegro afirma que "a Europa vê Portugal como um exemplo e está atónita com o que está a acontecer" e que espera para ver "quão reforçado sairá o Governo" das eleições.
"Atacar pessoalmente o primeiro-ministro é apenas um instrumento de jogo político baixo daqueles que não querem discutir a realidade do país, é a última esperança com que os mais fracos se lançaram para tentar quebrar a caminhada de um país inteiro", considera.
Mas garante: "Não nos vamos deixar cair nesse jogo (...) Estou aqui para dar e durar."
O ainda primeiro-ministro volta a defender-se das acusações que levaram à queda do Governo, garantindo não se deixar intimidar e fazendo a apologia ao que o Governo fez e está a fazer.