Divididos entre "medo" e "coragem", húngaros festejam Marcha de Orgulho LGBT+ de Budapeste
Em declarações à TSF, a eurodeputada socialista Ana Catarina Mendes, que marca presença nesta concentração, descreve o ambiente: há uma "tensão particularmente grande" pela "ameaça" de haver "uma contramanifestação promovida pela extrema-direita"
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Milhares de pessoas são esperadas este sábado, em Budapeste (Hungria), para participar na Marcha de Orgulho LGBT+, que foi proibida pelo Governo de Viktor Orbán, com o argumento de que representa uma ameaça para as crianças. Por sua vez, a Comissão Europeia manifestou apoio a esta concentração e apelou a que não fossem impostas sanções ou multas aos protestantes. Cerca de 70 eurodeputados vão participar na marcha, incluindo a portuguesa Ana Catarina Mendes.
A eurodeputada do Partido Socialista sublinha, em declarações à TSF, que apoiar esta causa é, acima de tudo, "uma questão de direitos humanos".
O primeiro-ministro húngaro não ouviu o órgão europeu e prometeu consequências legais para quem for ao Budapest Pride, afirmando que não vai usar a força, mas sim o reconhecimento facial para identificar as pessoas que lá vão estar.
Ana Catarina Mendes revela que os manifestantes estão divididos entre o "medo" e a "coragem". "Mesmo estando a denunciar as restrições que estão a ser feitas aos direitos, liberdades e garantias, não hesitam em fazer-se ouvir, não hesitam em manifestar-se e isso pode-lhes custar também à prisão."
Há mesmo uma "tensão particularmente grande" pela "ameaça" de haver "uma contramanifestação promovida pela extrema-direita, [está a ser] apelidada mesmo como nazi".
São esperados números recordes de pessoas na Marcha de Orgulho LGBT+, que começa às 13h00, hora em Lisboa.