Presidenciais: Santos Silva não gosta de "cometas" dos quais "ninguém conhece o pensamento político"
Prestes a lançar o livro "Poder - análise crítica de um conceito", Santos Silva não invoca o nome do almirante Gouveia e Melo em entrevista à TSF. No entanto, o socialista faz questão de sublinhar que um chefe de Estado deve ser "alguém com pensamento político que as pessoas conheçam"
Corpo do artigo
O ex-ministro socialista e antigo presidente da Assembleia da República, em entrevista à TSF, afirma que não é "nada favorável a cometas que aparecem subitamente, ninguém lhes conhece o pensamento político e têm uma adesão circunstancial". É dessa forma que, sem mencionar o nome de Gouveia e Melo, responde à questão relacionada com a possibilidade de o almirante vir a entrar na corrida à Presidência da República.
"Um militar concorrer a Belém é proibido. Um cidadão que tenha sido militar não é proibido. Agora, a minha opinião sobre isso é muito simples", começa por dizer Augusto Santos Silva à TSF.
"Olhando para a Constituição portuguesa e para as competências que ela reserva ao Presidente da República, vejo que a pessoa mais indicada, homem ou mulher, há de ser alguém com experiência política, prática política e pensamento político que as pessoas conheçam", sublinha.
Já questionado sobre se ele próprio está disposto a avançar com uma candidatura, Augusto Santos Silva diz que essa "é uma questão que não se põe agora". No entanto, realça que "não há reforma em política" e não rejeita a possibilidade de vir a exercer um cargo político no futuro.
À TSF, o antigo ministro do Partido Socialista recusa comentar a possibilidade de António José Seguro concorrer à presidência da república. Augusto Santos Silva considera que ainda não é a altura de avaliar as candidaturas a Belém.
