Depois de uma chuva forte que caiu durante 20 minutos, a zona baixa da cidade voltou, na quinta-feira, a inundar
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Depois de umas cheias que devastaram a baixa da cidade em 2015, provocando prejuízos da ordem dos 15 a 20 milhões de euros, a câmara de Albufeira pediu a uma empresa especialista em hidráulica um plano de drenagem para a cidade. Ficou pronto em 2016 e previa, por exemplo, a construção de um túnel e uma rede de drenagem na baixa da cidade, assim como coletores urbanos. Mas o projeto ficou na gaveta durante muito tempo. Só há cerca de quatro anos ficou concluída a obra da estação elevatória na zona da Praça dos Pescadores, que bombeia parte da água para o mar e minimiza as inundações. Apesar de tudo, o presidente da câmara municipal recusa admitir que o plano está a levar demasiado tempo para ser concretizado. "Em 2016, só havia tudo em termos teóricos, em termos de projetos não havia nada", afirma. "Só o grande túnel vai custar entre 40 a 50 milhões de euros", enfatiza.
José Carlos Rolo adianta que o grande túnel de drenagem será a última obra do plano, mas, por ser uma intervenção muito cara, não se sabe se e quando se realizará.
Entretanto, está já a ser feito o chamado coletor de meia encosta da zona poente da cidade, que estará concluído nos próximos meses. Depois, falta o coletor da zona nascente.
Mas, mesmo com as obras todas concretizadas, o presidente da câmara de Albufeira não garante que, com episódios de muita chuva, as inundações não possam acontecer. "Era bom que fosse como fazer uma receita culinária", lamenta.
A ministra da Administração Interna deslocou-se, esta quinta-feira, ao Algarve e reuniu com os autarcas de Albufeira e Loulé, bem como com várias entidades de Proteção Civil. Margarida Blasco foi inteirar-se do risco de cheias e inundações nesta região e apelou ao cumprimento das medidas preventivas por parte das populações.