O militar, cuja nacionalidade não foi revelada, foi submetido a uma cirurgia no hospital de Naqoura para retirar a bala, encontrando-se estável, refere a força de manutenção da paz da ONU no sul deste país
Corpo do artigo
A força de manutenção da paz da ONU no sul do Líbano (FINUL) elevou este sábado para cinco o número de capacetes azuis feridos em ataques ocorridos naquele país, atribuídos a Israel.
Numa publicação na rede social X, a FINUL contou que um capacete azul ficou ferido na sexta-feira à noite, após ter sido atingido por um tiro de "origem ainda não determinada".
O militar, cuja nacionalidade não foi revelada, foi submetido a uma cirurgia no hospital de Naqoura para retirar a bala, encontrando-se estável, acrescentou.
Este incidente acontece dois dias depois de outros quatro militares terem ficado feridos na sequência de ataques de tropas israelitas, relembrou.
Apesar dos incidentes, a FINUL recusou retirar-se do sul do Líbano, como solicitado pelo exército israelita.
"As forças israelitas pediram-nos para abandonarmos as nossas posições, mas houve uma decisão unânime para ficarmos, porque a bandeira da ONU deve hastear nesta área", explicou o porta-voz da FINUL, Andrea Tenenti.
O ministro da Defesa libanês afirmou este sábado que o Líbano "não procura a guerra", mas "não aceita a agressão israelita", apelando à comunidade internacional para "forçar Israel" a implementar a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.
"A exigência do Líbano de um cessar-fogo e o seu compromisso com a implementação da resolução 1701 em todos os seus aspetos confirma mais uma vez que não procuramos a guerra, mas, ao mesmo tempo, não aceitamos a continuidade da agressão criminosa israelita contra pessoas inocentes", afirmou Maurice Sleem.
Na sexta-feira, e a propósito do primeiro ataque aos capacetes azuis, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, manifestaram, numa declaração conjunta, a sua indignação face aos ataques, que qualificaram como "injustificáveis" e uma "grave violação" do direito internacional.