Vizzy, o robô que ajuda crianças no IPO a estarem "mais descontraídas" durante consultas
Nasceu há dez anos para “interagir com as pessoas” e, atualmente, é a companhia de idosos ou até de crianças na sala de espera do Instituto de Português de Oncologia. Chama-se Vizzy e é um robô que fala, brinca e auxilia no bem-estar da população
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Quem entra nos pavilhões do Centro de Exposições e Congressos de Lisboa não fica indiferente ao pequeno Vizzy que, tal qual como um ser humano, sorri e acena. Feitas as cerimónias de boas-vindas, há espaço para brincar: pedra, papel ou tesoura? Quem ganha? À TSF foi mesmo o robô.
Desenvolvido pelo Instituto de Sistemas e Robótica do Técnico de Lisboa, o Vizzy “tem ajudado a promover capacidades cognitivas da população” e tem feito companhia, essencialmente, em centros seniores.
“Eles adoram. O Vizzy foi desenhado para ser muito simpático (...) e os idosos gostam. É uma experiência nova e acabam por ser desafiados nos jogos”, conta o investigador José Santos Vítor.
À medida que vai crescendo, o robô vai tendo novas experiências e, recentemente, estreou-se com crianças. Na ala infantil do IPO, também “adoraram” o Vizzy e “o problema foi conseguir tirá-lo de lá”.
Os investigadores concluíram que os mais novos entravam nas consultas médicas com um estado de ansiedade “diferente” e estavam “mais descontraídos”. José Santos Vítor refere mesmo que “a consulta em si é mais eficaz e menos traumática para a criança”.
A tecnologia pode ser uma aliada ao bem-estar ao “desempenhar um papel muito importante” na vida das pessoas.
Além de falar e fazer gestos, o Vizzy está desenhado para projetar jogos no chão e estimular a interação com crianças autistas. Este último projeto está a ser desenvolvido entre Portugal e Itália, onde os robôs “fazem parte da história” e estão presentes nas sessões terapêuticas.